Lawson vê desafio na RB e diz que “só tem até fim do ano” para garantir vaga de 2025
Liam Lawson admite que não tem garantias para continuar na RB em 2025 e precisa "provar valor" até o final da temporada da Fórmula 1
Liam Lawson recebeu da RB a chance de assumir a vaga para ser titular nas últimas seis etapas da temporada 2024 da Fórmula 1, substituindo Daniel Ricciardo. O neozelandês celebrou a nova oportunidade, mas admitiu que não possui garantias de futuro no time. O piloto falou tem um grande desafio pela frente e que precisa provar até o final do campeonato que merece a chance de ficar na equipe de Faenza.
A chance pintou para Lawson muito em decorrência do bom trabalho realizado na própria RB — então AlphaTauri — em 2023 e pelas performances ruim de Ricciardo. No ano passado, ele ocupou o lugar do próprio australiano, que lesionou a mão durante o TL1 do GP dos Países Baixos. Às pressas, o neozelandês assumiu o posto no TL3 e disputou a etapa em Zandvoort.
Na corrida, que teve a chuva como ingrediente em parte das 72 voltas, Lawson terminou em 13º, duas posições à frente de Yuki Tsunoda. O neozelandês chegou à frente na etapa seguinte, o GP da Itália, ao cruzar em 11º, no entanto, o japonês não conseguiu largar com problemas no carro. Em Singapura, nova vitória de Lawson, que teve a grande performance na trajetória de cinco corridas até aqui: foi nono em Marina Bay, anotando os únicos dois pontos que possui na carreira.
Tsunoda sofreu uma amarga derrota para Lawson no GP do Japão, diante de sua torcida. Nos cinco confrontos que tiveram em 2023, o japonês só foi melhor no GP do Catar, quando foi 15º e o companheiro de equipe terminou em 17º. No GP dos Estados Unidos, etapa seguinte do calendário, Ricciardo voltou ao posto de titular.
Agora, Lawson se encontra em uma situação diferente de 2024. Com o próprio piloto revelou, o aviso de que se tornaria titular não veio de sopetão. A RB comentou com duas semanas de antecedência. Mas, dessa vez, o neozelandês terá pela frente pistas que conhece pouco — apenas Lusail, no Catar, ele competiu em 2023.
“Estou muito feliz, mas restam seis etapas para o final da temporada. Cheguei em um momento difícil. Vai ser um jogo desafiador. Agora vou para pistas que não conheço bem, enquanto os caras já fizeram 75% do campeonato”, disse Lawson ao jornal neozelandês New Zealand Herald.
“Falei com meus pais e todos que me apoiaram nessa jornada até aqui, isso é muito especial, mas não temos tempo de sobra. Temos trabalho a fazer”, completou.
Sem nenhuma garantia que vai permanecer para a temporada 2025 na RB, Lawson, ao menos, tem um parâmetro para seguir: repetir o bom trabalho feito no ano passado. A grande sombra para o neozelandês será Isack Hadjar, atual vice-líder da Fórmula 2 e piloto da academia da Red Bull. O francês goza de prestígio com Helmut Marko, consultor de automobilismo do grupo de bebidas energéticas.
“Basicamente, tenho até o final do campeonato e depois descobrirei à medida que o campeonato avança. Preciso me apresentar, mostrar meu valor na Fórmula 1 e fazer um trabalho semelhante ao que fiz no ano passado. Foi isso que me deu essa chance. Só preciso fazer isso agora para manter o lugar para o próximo ano”, concluiu Lawson.
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