Limite de velocidade no pit-lane adiciona tempero à irritação de pilotos da F1 com FIA
Eduardo Freitas e Niels Wittich alteraram local até onde limite de velocidade de 60 km/h, no pit-lane, precisa estar imposto. Mudança irritou equipes, já que o tempo total de parada aumentou em 4 segundos, e também pilotos, que alegaram maior dificuldade em defender posição na curva 1
A crescente irritação entre pilotos da Fórmula 1 e direção de prova da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) ganhou mais um capítulo durante o GP da França. Agora, por conta de uma alteração quanto ao limite de velocidade no pit-lane.
Anteriormente, o limite de velocidade de 60 km/h na área começava logo após a última garagem, já perto da linha de saída/chegada. A partir daquele ponto, pois, os pilotos podiam ‘desencanar’ do limitador e começar a pisar fundo. O problema é que o pit-lane, em si, não acaba em tal ponto: há uma outra garagem, que não é usada pelas equipes, que fica por ali.
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Durante a inspeção de pista do órgão regulador, na quinta-feira passada, o diretor de prova atuante para a etapa em Paul Ricard, Eduardo Freitas – junto de Niels Wittich, que reveza na função – viu perigo na conjuntura da situação; visto que, se um piloto perdesse controle do carro na aceleração, poderia colocar funcionários que atuam nas garagens em risco.
Assim sendo, Freitas e Wittich mudaram o local até onde o limite de velocidade de 60 km/h precisa estar imposto: da linha de saída/chegada para a linha final de encerramento do pit-lane. Tal mudança desagradou equipes e pilotos.
Equipes, porque agora o tempo total de parada nos boxes aumentou em 4 segundos, ‘matando’ qualquer estratégia/análise que os times elaboraram antes de desembarcarem em Le Castellet. Pilotos, porque ficou mais difícil de defender posição na curva 1 ao sair do pit-lane.
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Segundo a revista Autosport, houve questionamento por parte dos pilotos quanto à mudança – mas a direção de prova bateu o pé e insistiu que tudo foi feito em nome da segurança. Freitas e Wittich ouviram os membros do grid, entretanto, e determinaram a implementação de um painel digital na linha de encerramento do pit-lane. Isso foi feito para informar aqueles que estiverem na pista de que um carro está vindo por ali.
Outros pontos importantes foram discutidos na reunião entre pilotos e direção de prova, contudo. Sebastian Vettel liderou os questionamentos quanto à presença de zebras altas em várias curvas do circuito de Paul Ricard, justificando que as linhas brancas que permeiam o traçado são mais do que suficiente para determinar o excesso dos limites de pista. A FIA respondeu, afirmando que tais zebras eram necessárias por conta da disputa da Porsche Supercup – entretanto, a entidade cedeu e removeu as que estavam presentes nas curvas 5 e 15.
No briefing entre pilotos e direção, por pedido da GPDA (Associação de Pilotos de GP), diversos ocorridos recentes foram também revisados para dar ao grid um melhor esclarecimento do porquê certas punições foram aplicadas e, outras, não. O melhor exemplo foi a defesa de Fernando Alonso em Valtteri Bottas, na última volta do GP do Canadá, que gerou muitas reclamações do espanhol após a corrida, quando foi anunciado que o piloto da Alpine havia sido penalizado em cinco segundos – perdendo, portanto, duas posições – por conta do zigue-zague.
A FIA mostrou a cena por diversos ângulos e, segundo a Autosport, ficou tão claro que Alonso merecia a punição que todos os pilotos caíram na risada ao verem o movimento do espanhol. Numa votação informal proposta pela direção, no ato, todos – menos os dois membros da Alpine, evidentemente – concordaram com a penalização.
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