Magnussen prega respeito e diz “sentir muito” por saída de Maldonado da Renault: “Sei o quanto é difícil”

Dispensado da Renault para dar lugar a Kevin Magnussen, Pastor Maldonado vive uma situação enfrentada pelo próprio dinamarquês um ano antes, quando a McLaren optou por trazer de volta ao time Fernando Alonso, relegando o jovem à condição de reserva. Meses depois, Kevin foi dispensado, ficando com sua carreira em xeque. Mas depois de vislumbrar o Mundial de Endurance como opção e até mesmo ter feito um teste pela Porsche, a carreira de Magnussen na F1 ganhou sobrevida e uma rara segunda chance com a contratação inesperada para ser titular da Renault em 2016, justamente substituindo Maldonado, dispensado recentemente.

 

No entanto, o dinamarquês pregou respeito a Maldonado e traçou um paralelo com o que viveu no começo do ano passado. “Tenho muito respeito por Pastor, já estive na mesma situação dele e sei o quanto é difícil, por isso sinto muito pro ele. Mas tenho certeza de que ele vai ter sucesso em tudo o que fizer daqui em diante”, comentou o piloto em entrevista à Sky Sports.

Da mesma forma, Jolyon Palmer, que conhece bem Maldonado por ter trabalhado como reserva da Lotus em 2015, se solidarizou com seu ex-parceiro de time. 

 

“Eu me sinto bem mal por Pastor, que é um cara bem legal. Trabalhamos juntos durante um ano e me dava muito bem com ele. Então eu sinto muito, tudo aconteceu muito tarde. Foi um inverno de incertezas, dúvidas. Ele assinou seu contrato com a Lotus, e o acordo entre a Lotus e a Renault parecia bom, então não sei o que aconteceu, mas havia uma certa incerteza em torno dele. Mas não era totalmente inesperado”, disse o britânico.

 

Mas segundo Nicolas Todt, empresário de Maldonado, a ideia é trabalhar para que o venezuelano volte à F1 em 2017 e garante: desde que seja por uma equipe competitiva. Por tal razão, um acordo com a Manor, única equipe ainda com vagas disponíveis no grid deste ano, foi considerada “sem sentido” pelo agente.

“Não renunciamos à F1 e vamos trabalhar para encontrar um caminho para seu retorno que, espero, seja no ano que vem. Quanto a esta temporada, ainda é muito cedo para dizer o que vamos fazer”, afirmou Todt em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’.

 

Ao comentar sobre a ruptura do acordo com a Renault, Nicolas evitou qualquer crítica à equipe francesa. “Não quero dar detalhes sobre o contrato. O acordo se encerrou de forma amistosa com a Renault. Eles se comportaram de maneira muito justa. A Manor não é uma opção. Depois de cinco anos na Williams e a Lotus, com todo o respeito à Manor, não faz sentido para Pastor”, disse à agência ‘Reuters’.

 

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