“Mais democrático”, Ecclestone diz que é difícil mudar regra de motores e reclama: “Não era disso que a F1 precisava”

Em visita à cidade de Amparo, no interior de São Paulo, Bernie Ecclestone foi questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre as novas unidades de potência que vigoram na F1 desde 2014 e reafirmou sua contrariedade: “São grandes produtos, mas não são adequados à F1”

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Não é de hoje que Bernie Ecclestone é crítico ferrenho dos novos motores V6 turbo adotados pela F1 desde a temporada passada. Ainda antes de entrar em vigor na categoria, as unidades de força foram postas em xeque pelo dirigente máximo da F1 por fatores como o ronco mais silencioso em comparação aos V8 aspirados e, sobretudo, pelos custos que passou a gerar às montadoras e equipes. Na tarde da última quinta-feira (30), Ecclestone foi o personagem principal de uma peculiar entrevista coletiva concedida durante sua visita a Amparo, cidade localizada a 132 km da capital paulista.

Ao ser indagado sobre sua preferência em relação aos novos motores, Bernie reafirmou sua contrariedade em relação ao regulamento, mas descartou mudar os rumos do esporte na base da canetada por se considerar “mais democrático agora do que era antes”.

Questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre o tema, Ecclestone foi taxativo. “Nosso maior problema hoje são as unidades de potência. Elas não são adequadas à F1”, declarou. Os novos motores não atormentam apenas Bernie, mas também representam uma grande dor de cabeça para a Renault, que vem enfrentando grandes problemas de confiabilidade em seus propulsores fornecidos à Toro Rosso e à tetracampeã Red Bull.

Bernie reiterou suas críticas em relação às unidades de força adotadas pela F1 (Foto: Getty Images)

Por sua vez, a Mercedes saiu na frente ao conseguir desenvolver uma unidade de força que oferece um grande ganho de performance aos seus carros, seja da sua equipe de fábrica, campeã mundial de Pilotos e Construtores no ano passado, como também às clientes como a Williams, por exemplo. Já a Ferrari cresceu de forma bastante substancial desde que seu motor ganhou uma nova evolução na temporada, aumentando o patamar da Sauber e, principalmente, da Ferrari, que é a atual segunda força do grid.

A Honda, nova fornecedora de motores da F1 e parceira da McLaren, vem enfrentando as mesmas dificuldades que as outras montadoras tiveram no ano passado e ainda pena para oferecer aos carros de Jenson Button e Fernando Alonso a melhor performance, uma vez que a dupla ainda não conseguiu pontuar em 2015.

Mas apesar de reconhecer que não está nada feliz com as unidades de força adotadas pela F1, Ecclestone descartou mudar tudo na base da canetada e afirmou que tudo precisa ser negociado. Recentemente, o dirigente levantou a possibilidade de, em caso de manutenção dos motores no grid da categoria, elevar a potência para 1.000 cv, mas sem que isso acarrete um aumento nos orçamentos já combalidos dos times.

“Reconheço que são grandes produtos, são muito bem produzidas, mas não era disso que a F1 precisava. Porém, como sou um pouco mais democrático agora do que eu era antes, é difícil conseguir mudar, precisamos que todos concordem. Mas vamos chegar lá”, finalizou.

A ARMADA ESPANHOLA

Carro-chefe da trilha sonora do Mundial de Motovelocidade nos últimos anos, o hino da Espanha anda um tanto sumido do campeonato. Nesse início de temporada, o país de Rafa Nadal, Enrique Iglesias e Fernando Alonso viu sua flâmula no topo do pódio apenas uma vez das nove possíveis, o que configura o pior início de ano para os espanhóis em uma década. Desde 2009, a Espanha passou pelas primeiras três etapas do calendário — contabilizando as corridas das três classes — com, pelo menos, quatro triunfos.

MORTO HÁ 21 ANOS

Por meio de um 'familiar', o GRANDE PRÊMIO conversou com o austríaco Rudolf Ratzenberger, pai de Roland, morto há 21 anos no mesmo final de semana que Ayrton Senna perdeu a vida na pista italiana de Ímola, o “gêmeo desigual”. Em relato, Rudolf revela os três maiores sonhos do filho e diz ter “lembrança honrosa” do brasileiro, que carregava uma bandeira da Áustria na Williams que bateu na Tamburello. "Faz 20 anos, e Roland vive ainda conosco"

FRUSTRAÇÃO E APOSENTADORIA

A frustração que vive neste momento na McLaren Honda pode ser a deixa para uma “compreensível aposentadoria" de Fernando Alonso na F1. A opinião é de Nelsinho Piquet, que dividiu a Renault com o bicampeão de 33 anos entre 2008 e 2009. "É frustrante, porque você é o melhor, mas anda em nono, décimo", disse Piquet. "Eu entenderia se ele decidisse se aposentar", completou o filho do tricampeão

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