Mais rápido do dia na “montanha russa” do Texas, Hamilton compara pista traiçoeira de Austin à cobra cascavel

Se a sessão classificatória, postergada para domingo pela manhã, não for realizada, Lewis Hamilton vai largar na pole-position e ficará a um passo do tricampeonato. O britânico ressaltou as dificuldades que enfrentou no Circuito das Américas, comparando cada escapada de pista a um bote de uma cobra cascavel

Claro que o temporal e o clima extremamente atípico foram os grandes protagonistas do sábado (24) em Austin e impediram a classificação do GP dos Estados Unidos, 16ª etapa do Mundial de F1. Mas no pouquíssimo tempo de uma hora, período em que foi realizado o terceiro treino livre no Circuito das Américas, pela manhã, o dono da pista foi Lewis Hamilton. Virtual tricampeão do mundo, o britânico da Mercedes foi o único piloto do dia a completar uma volta abaixo dos 2min e comandou as atividades da sessão, que pode definir o grid de largada se o treino classificatório, adiado para domingo ao meio-dia (horário brasileiro de verão), não seja realizado.

Hamilton ficou impressionado com as condições que encontrou pela frente durante a manhã no Texas. “Assistindo pela TV, você não faz ideia da loucura que é. É difícil explicar o quão complicado é lá fora, é difícil para o pessoal entender.”

Lewis Hamilton teve de lidar com o traiçoeiro circuito de Austin diante das condições críticas neste sábado (Foto: Getty Images)

Aí, o bicampeão fez uma analogia bem interessante. “Fiquei imaginando uma cobra cascavel, você tentando tocá-la ou ver o quão próximo você poderia colocar sua mão nela. Toda vez que ela te dá o bote, era como uma saída de frente naquele momento para nós”, comparou o piloto. “Você tem seu tempo: se você acertar nisso, você é bom, ela não vai morder tua mão. E tem aqueles que acabam no muro, que é quando a cascavel vai avançar na tua mão.”

Em sua primeira volta, ainda no começo do terceiro treino, Hamilton viveu um susto e chegou a escapar na curva 17. “Eu quase bati no muro”, lembra Lewis, destacando os desafios do Circuito das Américas em condições críticas como as enfrentadas ao longo do fim de semana.

“É uma grande pista [no molhado] porque você está no limite entre a linha de dentro e a linha de fora da aderência. É um enorme desafio encontrar essa aderência. Na minha volta rápida, durante os Esses, que eu curto muito, meu carro estava derrapando: aquaplanava, drift e aí eu segurava; aquaplanava, drift e eu segurava. Era como se fosse uma volta na montanha russa”, finalizou.

Por sua vez, Nico Rosberg, que foi o mais rápido da sexta-feira e apenas o nono colocado no terceiro treino livre no Texas, aprovou a decisão da direção de prova ao adiar para domingo o treino classificatório. Na visão do piloto germânico, essa era a única alternativa possível diante de todo o cenário enfrentado pelos competidores neste sábado.

“Sim, com certeza. Esta é a única decisão que poderia ter sido tomada porque não era possível guiar. Vamos esperar que possamos guiar amanhã pela manhã, o que será muito importante”, disse o terceiro colocado na temporada, torcendo por uma chuva um pouco mais branda no domingo para que a corrida aconteça normalmente. “Ela só precisa acalmar um pouco, e aí devemos conseguir chegar lá sem nenhum problema”, finalizou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.