Maldonado minimiza críticas de Barrichello por falta de resultados: “É fácil falar”

Vencedor do GP da Espanha e um dos pilotos mais rápidos da temporada, Pastor Maldonado evitou entrar em conflito com seu ex-colega de Williams, mas lembrou: “Ele esteve na equipe por dois anos, e ela foi ainda pior”

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Indy em 2013

Responsável por quebrar um jejum de quase oito anos sem vitórias da Williams na F1, Pastor Maldonado vem sendo um dos grandes destaques da temporada. Seja por sua agressividade — às vezes até excessiva, acarretando várias punições ao longo do ano —, seja por sua rapidez nas pistas, o venezuelano, surpreendente vencedor do GP da Espanha, é um dos principais artífices da reação da Williams em 2012.

Em Suzuka para a disputa da 15ª etapa do Mundial de F1, Pastor logo foi questionado a respeito das declarações do seu ex-companheiro de equipe, Rubens Barrichello. À rádio Jovem Pan, o dono do maior número de largadas na história na F1 e atualmente na Indy disse que a Williams deveria ter, pelo menos, o dobro de pontos, mas o time britânico paga pela “inexperiência” de Maldonado e Bruno Senna.

Em Suzuka, Pastor minimizou as declarações críticas de Barrichello (Foto: Red Bull/Getty Images)

O venezuelano soma 29 pontos, sendo que 25 deles foram conquistados graças ao triunfo em Barcelona. Senna, por sua vez, conquistou outros 25, tendo como melhor resultado o sexto lugar no chuvoso GP da Malásia, ainda em março.

Rubens, por sua vez, disputou 38 GPs pelo time de Grove e somou, em duas temporadas, 51 pontos, sendo apenas quatro em 2011, pior ano da história da Williams, destaque negativo pelo projeto ruim do FW33 empurrado pelo motor Cosworth. Nesta temporada, a equipe britânica voltou a contar com a Renault como fornecedora de motores, reeditando um casamento vitorioso na década de 90.

À revista britânica ‘Autosport’, Maldonado procurou evitar polêmica com o brasileiro, mas lembrou. “Ele pode falar o que ele quiser. Ele esteve na equipe por dois anos, e ela foi ainda pior”, disse Pastor, que está em sua segunda temporada na F1.

“Aprendi muito com ele por causa da sua experiência. Ele foi muito profissional, muito competitivo, acelerava muito e era o cara mais experiente da F1. Mas, em termos de potencial [do que ele poderia alcançar com o carro], é difícil dizer”, advertiu o venezuelano. “É fácil falar ‘eu vou ganhar todas as corridas’, mas você jamais pode dizer isso. Eu respeito seu ponto de vista, mas vamos ver”, acrescentou.

Maldonado, de certa forma, reconhece que a falta de experiência contribuiu para a perda de resultados importantes, como, por exemplo, o terceiro lugar que parecia certo no GP da Europa, em Valência, perdido depois de uma tentativa de ultrapassagem frustrada para cima de Lewis Hamilton na penúltima volta da prova. Mas Pastor entende que, no geral, mesmo com os azares, o saldo é bastante positivo e há muita margem para melhora dentro da Williams.

“Estou indo bem, especialmente quanto à velocidade. Tivemos alguns problemas nas corridas, talvez por causa da experiência, mas não apenas por causa da experiência. Tivemos um azar enorme neste ano, não só com problemas com o carro, mas também com comissários”, admitiu o piloto, que recebeu 12 punições na temporada até o momento. “Há uma grande atmosfera agora na equipe e nós estamos ficando melhor a cada momento”, concluiu Maldonado.

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