Maldonado revela negociação com Ferrari em 2013 e afirma: “Eu era o cara”

Pastor Maldonado chegou a se reunir com Stefano Domenicali e Luca di Montezemolo em 2013, de olho em uma ida para a Ferrari em 2014. A equipe italiana escolheu Kimi Räikkönen, para lamento do venezuelano que se sentia “o cara” da F1

Pastor Maldonado virou um personagem folclórico da Fórmula 1, combinando momentos desastrados com uma vitória inacreditável no GP da Espanha de 2012. Só que aquele que era apenas um piloto caricato do grid chegou a vislumbrar a chance de levar a carreira a um novo patamar: de acordo com Maldonado, houve reuniões com a Ferrari em 2013 a respeito de uma ida para Maranello em 2014.
 
Maldonado estava na Williams na época, sofrendo com um carro melhor apenas que os de Marussia e Caterham. Mesmo sem muitas condições de se destacar, o venezuelano teve reuniões com o chefe de equipe Stefano Domenicali e o presidente Luca di Montezemolo. Para Pastor, era a prova de que era a bola da vez na Fórmula 1.
 
“Eu era o cara, eu era a novidade da F1”, disse Maldonado, entrevistado pelo podcast ‘Beyond the Grid’. “Era como o Verstappen, como o Kubica na época dele. Eu era esse cara. As pessoas vinham até mim, ficavam felizes em falar comigo, em conversar sobre mim. O que não ficava claro era a relação com os patrocinadores [PDVSA, estatal petrolífera da Venezuela]”, recordou.
Pastor Maldonado era "o cara" da F1 (Foto: Getty Images)

“Existia muito conflito de interesses com os patrocinadores e negociávamos isso. Meus patrocinadores estavam dispostos a não estar no carro, a me ter com outra companhia. Eles queriam uma solução para minha carreira e em um momento nós chegamos muito perto da Ferrari. Eu estava esperando ir para lá naquela época. Era a minha vez, meu momento de ter uma segunda chance”, seguiu.

 
A negociação nunca avançou, com a Ferrari escolhendo Kimi Räikkönen para formar dupla com Fernando Alonso em 2014. O sonho da Ferrari viria a desmoronar com a reformulação interna da equipe.
 
“Perdemos os contatos e aí focamos em outras coisas. Nunca fui até Maranello, mas tivemos alguns encontros na pista. Encontrei Domenicali algumas vezes e o Montezemolo também”, apontou.
 
Maldonado não tinha mais chances na Ferrari, mas estava determinado a sair da Williams. A solução foi a ida para Lotus em 2014. Depois de dois anos em Enstone, Pastor perdeu espaço na F1 e nunca mais voltou.

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