Mansell lamenta grid esvaziado, mas é otimista quanto ao regulamento de 2017: “Os pilotos vão mostrar personalidade”

Nigel Mansell, ao fazer um balanço da F1 atual, encontrou pontos positivos e negativos. Segundo o inglês, os grids esvaziados são um ônus para a categoria, que acaba por diminui a competição. Em contrapartida, o campeão de 1992 pensa que o novo regulamento, previsto para ser acionado em 2017, deve exigir muito mais dos pilotos, deixando a categoria “poderosa”

A F1 já se acostumou a receber críticas por causa de seu grid diminuto, com meros 20 carros na temporada 2015. Muitos veem isso como uma prova da situação econômica delicada das equipes. Nigel Mansell, campeão de 1992, concorda com as críticas: segundo o inglês, as poucas equipes acabam afetando a competitividade do certame.
 
“Acho que a diferença é que, mesmo com a era atual sendo fantástica para o desenvolvimento dos carros, os circuitos, tudo mais, o que não é bom é que você não tem 40 carros se classificando para um grid com 26 posições” analisou Mansell, em entrevista ao Motorsport.com.
Nigel Mansell, campeão de 1992, fez um balanço da F1 atual (Foto: Getty Images)
Mansell faz referência ao final da década de 1980, quando a categoria contava com um número surreal de equipes tentando alinhar para um GP. No começo de 1989, o certame contou com o número recorde de 39 carros disputando 26 posições.
 
“Você não tem um grid cheio de carros. Na verdade, você diminui a competição. E esse é o ponto que eles não entenderam. Isso não é culpa dos pilotos, são as circunstâncias. Acho que quando você tem um grid cheio de carros e mais pessoas tentando, com a faca nos dentes, corrida pós corrida, as pessoas vão se interessar”, continuou.
 
“O que precisamos é de mais construtores e certamente precisamos de mais opções de motor”, seguiu.
Mansell usou o grid de sua época como referência para a F1 atual  (Foto: LAT Photographic)
Mas, do ponto de vista de Mansell, nem tudo é negativo. Segundo o ex-piloto, o novo regulamento, que deve ser posto em prática na temporada de 2017, trará mudanças positivas para a F1. A categoria, que será mais “poderosa”, passará a dar um peso maior às habilidades dos pilotos. Além disso, Nigel parece animado para ver como as personalidades de cada um vão afetar as provas.
 
“Acho que os melhores pilotos irão para o topo ainda mais vezes. Eles vão poder mostrar personalidade. O carro pode sair de controle e aí eles vão ter um pneu maior para segurar e mostrar suas habilidades. Mas mais do que suas habilidades, suas personalidades. Frear mais tarde, linhas diferentes – com pneus maiores dá para ter mais de uma tangência em uma curva. Com pneus menores, só existe um traçado preciso”, concluiu.
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