Mario Andretti revela que Michael admitiu ser “obstáculo” para nova equipe na F1
Mario Andretti detalhou em entrevista ao Auto Motor und Sport o processo de entrada da Cadillac na F1 e como foi a decisão de Michael Andretti de se afastar do projeto
Depois de várias etapas e uma negativa inicial da F1, a General Motors (GM) finalmente recebeu a aprovação final para ingressar no grid em 2026 como a 11ª equipe da categoria. No entanto, o plano inicial era ter o ex-piloto Michael Andretti no comando do projeto, algo que acabou virando um “obstáculo”, como destacou seu pai, Mario Andretti.
O campeão mundial de 1978 afirmou em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport que Michael sugeriu a ideia de abandonar o projeto depois de entender que sua presença na equipe não agradava a Fórmula 1. Após o veto inicial, o então CEO da Liberty Media, Greg Maffei, supostamente disse a Mario que o projeto nunca seria aprovado com a presença do filho nos bastidores.
Depois que o nome Andretti deixou o projeto, que recebeu a identidade da Cadillac, a aprovação final saiu e a entrada no grid de 2026 foi confirmada. Para tal, Michael Andretti também teve de abandonar o projeto, algo que Mario revelou que foi uma iniciativa dele mesmo.
“O objetivo era colocar uma equipe americana no grid, e conseguimos isso. Michael também está feliz, embora tenha saído do projeto. Ele simplesmente disse: ‘se sou o obstáculo, então vou abrir o caminho’. Olhando para trás, certamente poderíamos ter feito algumas coisas de forma melhor. Mas nunca olho para trás, sempre para frente. No final, o que importa é se alcançou o objetivo”, refletiu.

“É sobre a causa, não importa como seja chamada. O importante é que seja bem-sucedida. O projeto não teria nascido sem a nossa participação, e não teria chegado à General Motors sem nós. Teria sido um grande erro nos rejeitar. Isso não seria bem recebido nos EUA. Isso não é ‘fogo de palha’, mas um compromisso a longo prazo”, garantiu.
Mesmo após o veto no começo de 2024, a Andretti e a GM não pararam os trabalhos visando uma entrada no grid em 2026. Mas agora, com o projeto aprovado e com “garantias”, Mario destaca que os engenheiros e funcionários trabalham com uma maior confiança.
Além disso, também celebrou o fato de entrar no grid justamente em 2026, um ano que marcará a mudança de regulamento técnico da Fórmula 1.
“Agora, os engenheiros sabem que estão trabalhando em algo que realmente estará disponível em 2026. Antes, não havia garantias, apenas a crença de que tudo daria certo. O novo regulamento obriga todos a começar do zero. Isso nos ajudará. Seria mais difícil se tivéssemos entrado em um momento em que as regras já estivessem estáveis por três ou quatro anos”, analisou.

“Começar em 2026 nos dá uma chance melhor de começar com uma base razoável. Também nos beneficiamos do fato de termos nos preparado bastante, porque não estávamos sujeitos às regulamentações de túnel de vento e de teto de gastos”, concluiu.
A Fórmula 1 se aproxima do retorno das férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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