Verstappen atropela Ferrari nas primeiras voltas e vence GP de Miami de Fórmula 1

A Fórmula 1 tem um vencedor em Miami, na primeira prova da história na nova praça: Max Verstappen. Depois de largar em terceiro, o holandês tomou controle da situação nas primeiras voltas

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O primeiro GP de Miami da história aconteceu. Neste domingo (8), Dia das Mães, a pista de rua estabelecida no complexo do estádio Hard Rock, no sul da Flórida, não teve a chuva que chegou a acenar uma hora antes da largada. Mas teve a corrida que, por tanto tempo, a Fórmula 1 e o Liberty Media desejaram. Na pista, teve até mais ultrapassagem do que era esperado. E, no fim das contas, a vitória ficou com Max Verstappen: terceira dele no campeonato.

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A vitória começou a ser construída na largada. Verstappen sabia que numa pista cheia de dúvidas havia um certo senso de urgência para ganhar espaço. Foi para cima de Carlos Sainz e já contornou a segunda curva do circuito de Miami em vantagem. Daí em diante foi se aproximando e preparando o ataque para cima de Leclerc, algo que fez na nona volta. Quando abriu o décimo giro, estava na frente. A desvantagem havia acabado.

Logo em seguida, Leclerc errou o contorno da curva 17 e perdeu de vez o contato. Depois disso, Verstappen sempre teve distância segura e só foi ameaçado novamente graças ao safety-car que viria mais tarde. Não fosse por isso, teria uma das vitórias das mais tranquilas de todos os tempos para alguém que largou na terceira colocação.

Se muita gente esperava caos em Miami, a maior parte da prova foi tranquila. Apenas na 40ª de 57 voltas, uma acidente mais forte. Pierre Gasly tentava domar um carro danificado pelo toque sofrido por Fernando Alonso instantes antes e por entrar mais lento na frente de Lando Norris. O inglês deu uma pancada, rodou e conseguiu evitar o muro por muita sorte. De qualquer maneira, fim de prova para ele e safety-car na pista. A disputa no meio do pelotão sofreu alterações com isso, mas a briga pela vitória não foi acesa novamente.

Verstappen venceu com Leclerc de volta ao segundo lugar, enquanto Sainz completou o pódio. Um dos maiores vitoriosos do safety-car foi George Russell, que, ao partir em 12º, escolheu largar de pneus duros e estava entre os primeiros colocados no momento em que veio a interrupção. Rendeu mais um top-5 no campeonato. O outro foi Alexander Albon, que mais uma vez carregou a sofrível Williams ao décimo lugar e mais um ponto.

Sergio Pérez, Russell, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Esteban Ocon, Fernando Alonso e Albon completaram o top-10. A volta mais rápida também ficou com o holandês.

A Fórmula 1 retorna em duas semanas, entre os dias 20 e 22 de maio, com o GP da Espanha, em Barcelona.

Max Verstappen venceu a primeira corrida da F1 em Miami (Foto: Red Bull Content Pool)
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Confira como foi o GP de Miami:

O que seria da chuva? A previsão do tempo apontava poucas chances de água ao longo da corrida, mas as duas horas anteriores à largada apresentaram duas breves pancadas de chuva fina. O céu tinha blocos de nuvens que se movimentavam para interferir num céu que, na maior parte, estava bastante aberto. Para a largada, porém, não havia chuva alguma.

O drama começou antes. Na hora de tomar a pista para se posicionar no grid, as duas Aston Martin não foram. As informações iniciais apontaram problemas na bomba de combustível tanto do carro de Sebastian Vettel quanto no de Lance Stroll. Em seguida, a equipe avisou que era uma questão de temperatura. Stroll sairia em oitavo, enquanto Vettel deveria ser o 13º, mas os dois ficaram para largar somente do pit-lane.

Quando a largada veio, finalmente, Charles Leclerc foi bem e imediatamente partiu em segurança. Max Verstappen, porém, sabia a urgência de atacar e mergulhou para cima de Carlos Sainz. Após a primeira curva, já atacara e deixara o espanhol para trás, assumindo a segunda colocação.

A largada do GP de Miami de F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

O pelotão se dividiu em dois pedaços: os que largaram de maneira totalmente conservadora, temendo um muito possível incidente na pista apertada de Miami, e os que tiveram abordagem mais normal. Como a maioria resolveu ser conservador, quem largou de maneira normal levou bastante vantagem. Fernando Alonso enfileirou e, ao largar em 11º, ganhou quatro posições e terminou a volta em sétimo. Já Lewis Hamilton caiu de sexto para oitavo e reclamou de ter sido tocado por trás, especialmente por Fernando. Pierre Gasly assumiu o sexto lugar.

Um dos poucos a largar de pneus duros, George Russell foi de 12º para 15º mesmo levando em conta a ausência dos carros da Aston Martin. Aliás, além de Russell e a dupla Vettel e Stroll, somente Esteban Ocon e Nicholas Latifi largaram com os pneus de faixa branca.

Ao contrário do que se imaginava, as voltas seguintes apresentaram uma corrida com bastante ultrapassagem. Hamilton reagiu rápido à largada ruim e passou Alonso e Gasly logo em seguida – ainda assim, reclamava de danos na traseira do lado esquerdo. Mick Schumacher e Kevin Magnussen também agiram e ultrapassaram Yuki Tsunoda na mesma volta para assumirem as posições dez e onze.

Enquanto isso, Verstappen se aproximava de Leclerc e entrava na distância necessária para abrir a asa e tentar a ultrapassagem. Foi precisamente o que aconteceu na nona de 57 voltas. Max tentou se aproximar nos dois primeiros setores da pista, mas o ferrarista defendeu. No terceiro setor, onde a Red Bull tem sido melhor por todo o fim de semana, não teve jeito: Verstappen atacou na reta, pôs o carro em posição e contornou a curva um na dianteira.

Imediatamente, abriu. Menos de duas voltas depois, tinha 1s5 de frente para um Leclerc que não conseguia manter contato. Antes disso e de maneira silenciosa, Guanyu Zhou levara o carro aos boxes e abandonara a corrida. Fim de semana amargo para o novato.

Dia de Zhou terminou cedo (Foto: Reprodução/F1 TV)

A janela de pit-stop se abriria em seguida. No fim da 11ª volta, Tsunoda, que fora passado por Daniel Ricciardo, foi trocar os pneus médios pelos duros. Uma volta depois, o mesmo para Magnussen. O problema da janela veio para Alonso, que teve um pit-stop atrasado pelo fato do pneu dianteiro ficar travado. Mais um azar numa temporada cheia deles.

O contato de Leclerc com Verstappen, que já era muito pequeno, ficou menor ainda quando o piloto da Ferrari errou a tomada da complicada curva 17 e foi lá na linha de fora, onde o traçado está remendado – Ricciardo faria o mesmo logo depois. A briga interessante não era pela vitória, mas nas últimas posições, na mistura entre os piores carros do grid e aqueles que voltavam do pit-lane. Latifi tentou mergulho ousado para cima de Stroll e quase deu certo, mas acabou fazendo com que fosse deixado para trás por Magnussen.

Perto da 18ª volta, quem crescia na corrida era Russell. Os pneus duros rendiam melhor agora que os médios usados de quem ainda estava na pista e faziam com que o inglês fosse se aproximando de Lando Norris. A McLaren notou e chamou Lando. Assim que voltou, foi outro que quase saiu da pista na curva 17 – Magnussen fez o mesmo enquanto perseguia Vettel.

Sergio Pérez tinha problemas. No rádio com a Red Bull, o mexicano pedia para a equipe averiguar o tempo de volta dele, porque estava perdendo potência. De fato, começava a ficar bem mais lento que Sainz, o carro imediatamente na frente. A equipe avisou que se trava de uma “falha cinco zero”. Checou mexeu em algum mapeamento do carro e voltou a andar.

Lance Stroll e Sebastian Vettel se recuperaram a foram para a pista (Foto: Aston Martin)

Com ritmo pior que o companheiro, Hamilton foi chamado aos boxes no fim da volta 22. Naquele momento, os cinco primeiro colocados e aqueles que largaram de pneus duros eram os únicos ainda sem pit-stop. Leclerc emendava a melhor volta da corrida na volta 23 e reclamava no rádio que o carro estava muito difícil de guiar. No fim da volta seguinte, entrou nos boxes para colocar pneus duros. Verstappen viria no fim da 26.

Depois de 26 voltas, Sainz liderava com pneus médios e Ricciardo era o oitavo colocado ainda com os mesmos pneus da largada. Tirando os dois, somente aqueles que largaram com os duros seguiam foram. Um safety-car neste momento mudaria a história da corrida. Mas Sainz veio logo em seguida e fez uma parada horrível, parado por 5s4.

Leclerc tinha bom ritmo e voltava a fazer a melhor volta da prova, mas seguia 7s atrás de um Verstappen que controlava as ações. Mais atrás, Stroll era o 12º colocado e Vettel estava em 14º, ambos com os pneus duros com os quais largara. Magnussen estava entre os dois, ao passo que os Schumacher, Norris e Tsunoda vinham atrás sem conseguir passar e perdiam praticamente um stint inteiro. Tamanha era a dor de cabeça da McLaren que preferia deixar Ricciardo na pista com 30 voltas de pneus médios. Mas o prazo venceu na 31.

Neste ponto, o movimento na pista era carregado pelas trocas de posição entre os carros da Aston Martin e da Haas. Vettel errou e deixou Magnussen e Schumacher passarem; em seguida, Magnussen errou e deixou Mick tomar a frente. Stroll abria. A Aston Martin, enquanto isso, dizia para Vettel que talvez aparecesse uma chuva em mais ou menos oito minutos.

A expectativa do imponderável seguia viva para Russell, que acionou o rádio da Mercedes para dar a ideia de continuar na pista sem pit-stop o quanto fosse possível para esperar um safety-car. Era o quinto colocado do momento e tinha ritmo bem razoável. A equipe concordou.

O imponderável respondeu. Na 39ª volta, Alonso tentou mergulhar contra Gasly na curva um e acabou tocando o carro da AlphaTauri após o movimento atabalhoado. Gasly saiu com problemas e brigando contra o carro. Uma volta depois, enquanto tirava o pé e tentava somente manter o carro na pista, provavelmente para ir aos boxes, moveu para dentro da pista na curva sete. Norris passava por ali e acertou em cheio. A pancada fez o carro laranja rodar e o pneu sair voando. Alonso levava 5s de punição por causar a batida com Gasly. De alguma forma impressionante, o francês não abandonou.

Lando Norris e Pierre Gasly no GP de Miami (Foto: Reprodução/F1)

Houve uma inútil chamada inicial de VSC, logo substituída pelo safety-car tradicional, uma vez que havia um carro acidentado e muitos destroços na pista. Quem esperou para parar, como Russell, acabou se dando muito bem. Hamilton conversava com a Mercedes no rádio, com a equipe sugerindo uma nova parada para trocar pneus e o heptacampeão pedindo que a definição fosse feita lá, sem que precisasse dar a última palavra.

Com o safety-car na pista e 45 das 57 voltas completadas, Verstappen, Leclerc, Sainz, Pérez, Bottas, Hamilton, Russell, Alonso, Schumacher e Ocon formavam o top-10. Ocon, Ricciardo, Gasly e Tsunoda colocaram pneus macios. O safety-car entraria no fim da volta 46.

Gasly parecia seguir na corrida e tentou colocar pneus macios, mas desistiu. Após breve retorno à pista, foi aos boxes e abandonou. Verstappen se protegeu na relargada e escapou, mas Leclerc estava colado pela primeira vez desde a ultrapassagem.

Quem relargou muito mal foi Stroll, que caiu de 12º para 15º após uma briga direta com Magnussen. Bottas, bem mais na frente, errava o contornou da curva 17 e abria o caminho para Russell e Hamilton irem embora com as Mercedes. Sainz também passou aberto na 17 e deixou Pérez se aproximar perigosamente. Pérez aproveitou e atacou na curva um, mas freou tarde demais e deixou Carlos recuperar. Já era a 52ª volta.

Ocon, de pneus macios, finalmente ultrapassara um Schumacher que defendeu com galhardia por bastante tempo. O francês subia para nono, exatamente atrás de Alonso.

Leclerc seguia próximo, sempre a cerca de 0s5 de Verstappen. A esperança de um ataque pela vitória seguia viva.

Os sempre tão próximos Vettel e Schumacher voltavam a se pegar na corrida. Agora, o toque aconteceu quando Vettel passou por ele e Ocon, mas o alemão seguiu o contorno da curva e acabou abalroando o tetracampeão. Albon, incrivelmente, aparecia de novo na décima colocação. No fim, Magnussen e Stroll se encontravam novamente com uma colisão na batalha pessoal.

A vitória de Verstappen não seria ameaçada no fim das contas: a terceira do holandês no campeonato, enquanto Leclerc e Sainz finalizaram o top-10. A Fórmula 1 se prepara para oficial começar a temporada europeia. Será daqui a duas semanas, em Barcelona.

F1 2022, GP de Miami, Resultado final:

1M VERSTAPPENRed Bull RBPT57 voltas 
2C LECLERCFerrari+3.786 
3C SAINZFerrari+8.229 
4S PÉREZRed Bull RBPT+10.638 
5G RUSSELLMercedes+18.582 
6L HAMILTONMercedes+21.368 
7V BOTTASAlfa Romeo Ferrari+25.073 
8E OCONAlpine+28.386 
9A ALBONWilliams Mercedes+32.365 
10L STROLLAston Martin Mercedes+37.026 
11F ALONSOAlpine+37.128 
12Y TSUNODAAlphaTauri RBPT+40.146 
13D RICCIARDOMcLaren Mercedes+40.902 
14N LATIFIWilliams Mercedes+49.936 
15M SCHUMACHERHaas Ferrari+1:13.305 
16K MAGNUSSENHaas Ferrari NC
17S VETTELAston Martin Mercedes NC
18P GASLYAlphaTauri RBPT NC
19L NORRISMcLaren Mercedes NC
20G ZHOUAlfa Romeo Ferrari NC
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