Verstappen elogia Herta e critica rejeição por superlicença: “Nem sempre concordo”

O bicampeão mundial Max Verstappen falou sobre o assunto e crê que Colton Herta teria total capacidade de estar na Fórmula 1

Colton Herta tentou de todas as formas conseguir a superlicença para ocupar uma vaga titular na Fórmula 1 2023 — que seria na AlphaTauri. No entanto, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) manteve a rigidez em seus processos e não abriu precedentes para colocar o piloto na categoria. Sem chances de obter os 40 pontos necessários, a Red Bull decidiu pela contratação de Nyck de Vries, enquanto o americano renovou seu vínculo com a Andretti na Indy até 2027.

O bicampeão mundial Max Verstappen falou sobre o assunto e crê que Herta teria total capacidade de estar na F1 — vale lembrar que a superlicença foi criada justamente por causa do holandês, que estreou na categoria em 2015 e com apenas 17 anos.

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“Acho que, no passado, muitos grandes pilotos não seriam capazes de entrar na Fórmula 1”, explicou Verstappen, em entrevista à NBC Motorsports. “É muito difícil e nem sempre concordo com isso. Acho que para alguns pilotos às vezes é necessário, mas quando você tem grandes talentos, eles não precisam fazer 24 anos nas categorias de base para obter todos esses pontos”, acrescentou.

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Herta não conseguiu ir para a F1 em 2023 (Foto: indycar)

“É difícil, funciona para algumas pessoas e, claro, é muito doloroso se você não fizer isso, pois não tem a oportunidade de entrar na Fórmula 1. Se Colton vencer o campeonato na Indy, isso abrirá muitas portas”, seguiu.

A novela da superlicença de Herta começou quando o nome do americano surgiu nos holofotes da silly season. Pierre Gasly, que tem contrato com a AlphaTauri para mais um ano, surgiu como opção para o lugar de Fernando Alonso na Alpine no ano que vem. Helmut Marko, consultor da Red Bull, já havia dito que o francês ficaria na equipe de Faenza, mas os taurinos começaram a estudar a possibilidade de liberar Gasly para a base em Enstone sob uma condição: que Herta fosse o substituto.

Mas a questão era que o representante da Andretti na Indy não tinha ainda os 40 pontos exigidos pela FIA para tornar um piloto apto ao grid da F1. Ele tem 32, e mesmo se participasse dos treinos livres com a AlphaTauri até o final do ano, isso só poderia ser feito a partir de Singapura, já que a temporada da Indy terminou junto com o GP da Itália de F1. Ele, portanto, chegaria a 38, apenas.

A partir daí, algumas possibilidades começaram a ser estudadas. A primeira seria a própria FIA apelar para uma brecha no Código Esportivo Internacional, que diz que uma superlicença pode ser concedida a um piloto que tenha um mínimo de 30 pontos, mas seja considerado exclusivamente pela entidade incapaz de se classificar enquanto participa ao mesmo tempo de um ou mais campeonatos listados no Suplemento 1, por circunstâncias além do seu controle ou motivo de força maior. Mas a ideia provocou resposta nada positiva na F1.

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