Verstappen se opõe a mudanças que diminuam dramaticidade na F1: “Não precisa de cura”

Diante do pacote de alterações de regras da FIA, Verstappen afirmou que momentos emocionantes fazem parte da categoria

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Envolvido em uma das decisões de título mais emocionantes da história da Fórmula 1, Max Verstappen afirmou que momentos de emoção e, por muitas vezes, polêmicos como os da reta final da temporada passada fazem parte do esporte. Logo, o piloto da Red Bull é contrário às mudanças de regra que possam reduzir o nível de dramaticidade na categoria.

Às vésperas do início da temporada 2022, Verstappen continua sendo questionado sobre as polêmicas durante a ferrenha disputa com Lewis Hamilton pelo Campeonato Mundial de 2021. Por causa decisões do agora ex-diretor de provas, Michael Masi – a mais sensível durante o safety-car nas voltas finais do GP de Abu Dhabi – e dos comissários, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) preparou um pacote de mudanças na maneira de atuar dos árbitros da F1 com o intuito de deixar as decisões mais consistentes. Mas Verstappen entende que tudo está nos conformes com a categoria.

“O esporte não precisa se curar, há momentos dramáticos que também fazem parte da F1”, afirmou durante entrevista à TV inglesa BBC.

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Max Verstappen começa a defender o título mundial no GP do Bahrein (Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool)

O holandês também comentou sobre o comportamento de Hamilton após a perda do oitavo título mundial. Ressaltou as dificuldades de se encarar uma derrota na categoria, mas completou dizendo que o rival lidou melhor com a derrota do que aconteceria com outros pilotos. “A F1 é um mundo muito difícil. Acho que Lewis pode sentir um pouco menos de dor já que tem sete [títulos mundiais]”.

Sob a responsabilidade de defender o seu primeiro título mundial, Verstappen terá pela frente uma temporada marcada por uma radical mudança técnica no regulamento da categoria. Apesar das dificuldades na busca pelo aprendizado e desenvolvimento do carro, o piloto da Red Bull espera que as mudanças causem um maior espetáculo ao esporte.

“Lentamente, estamos chegando a isso. Espero que esses novos regulamentos nos deem esse impulso e tenhamos mais pilotos e equipes lutando [por vitórias]. Porque, no final das contas, é disso que gostamos, certo?”, disse.

Max Verstappen terminou os testes no Bahrein com o melhor tempo (Foto: AFP)

Ainda teve tempo para Verstappen falar sobre a série “Drive to Survive”, da Netflix. De acordo com o campeão do mundo, o conteúdo apresentou histórias fora do contexto real da F1, como a rivalidade criada entre Lando Norris e Daniel Ricciardo, da McLaren. Essa abordagem não foi aprovada pelo piloto, que já havia prometido encerrar as entrevistas à equipe de produção no ano passado.

“Assisti a dois episódios, mas não fiquei muito impressionado. Não é minha praia fingir rivalidades”, avaliou. “Lando e Daniel são duas ótimas pessoas. Eles são personagens realmente ótimos, mas, imediatamente no segundo episódio, parece que eles não são muito amigáveis ​​um com o outro. Para mim, isso não é correto e é por isso que eu também não faço parte disso”, completou.

Mesmo como chamariz para novos fãs, Verstappen vê que o formato da série, que está em sua quarta temporada, está se perdendo e deixando de ser uma série documental. “A certa altura [ajuda a atrair público], mas esse efeito também se esgota. Acho que estamos além desse estágio agora e é mais como um reality show na minha opinião”, ratificou.

Verstappen é contrário ao formato da série “Drive to Survive” (Foto: AFP)

Por fim, o campeão do mundo também comentou sobre a demissão de Nikita Mazepin, após o rompimento da Haas com o patrocinador-máster, a empresa russa Uralkali, que tem como dono o pai de Mazepin, Dimitry. “Todos temos que sentir simpatia pelo próprio Nikita, independentemente da origem. Todos trabalham muito desde muito jovens para serem pilotos de Fórmula 1. É claro que você pode ter apoio, mas também precisa de talento para pilotar esses carros na Fórmula 3 e na Fórmula 2. É necessário ser competitivo, e ele definitivamente era”, falou.

O piloto da Red Bull revelou estar na torcida pelo piloto russo e espera que a guerra na Ucrânia chegue ao final. “No momento é muito complicado para ele, mas, sim, vamos ver, espero que, em geral, o mundo possa estar em paz novamente”, concluiu.

A partir desta sexta-feira (18), Verstappen volta à pista do circuito de Sakhir para os treinos livres do GP do Bahrein. Já a corrida que abre a temporada 2022 da F1 acontece no domingo, a partir das 12h. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL.

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