Verstappen recorda pessimismo e “rostos tristes” na Red Bull após classificação no Brasil

Ao lembrar da classificação ruim que teve no GP de São Paulo, quando conseguiu apenas o 17º lugar no grid de largada, Max Verstappen admitiu que todos na Red Bull estavam "nervosos" com a possibilidade de Lando Norris descontar muitos pontos na briga pelo título

Ainda que tenha vencido o campeonato com uma vantagem considerável de 63 pontos sobre Lando Norris, a temporada 2024 da Fórmula 1 não foi nada fácil para Max Verstappen. E o piloto da Red Bull admitiu que, após a classificação do GP de São Paulo, no início de novembro, chegou a acreditar que perderia o título para o rival da McLaren, já que ambos se encontravam em situações completamente opostas para a corrida.

O tetracampeão chegou ao Brasil com um total de 47 tentos a mais que o britânico do time papaia, mas sabia que teria de cumprir uma punição de 5 posições no grid de largada por ter trocado o motor de combustão interna do RB20. Em condições totalmente adversas em Interlagos por causa da forte chuva que caía, Verstappen acabou sendo eliminado no Q2, já que uma bandeira vermelha causada por Lance Stroll, da Aston Martin, nos minutos finais acabou o atrapalhando.

Como resultado, Max teve de se contentar apenas com a 17ª colocação, enquanto que Norris, por sua vez, ficou com a pole-position. Uma situação dramática, já que, caso não conseguisse minimizar os danos, o principal concorrente na briga pelo troféu descontaria um caminhão de pontos na classificação. E o #1 sabia muito bem quais riscos estava correndo, pois ficou extremamente furioso após o fim da classificação.

“Muita coisa passou pela minha cabeça porque, claro, estava muito chateado com a classificação. Na verdade, eu queria destruir minha sala, mas quando entrei, meu pai estava sentado lá”, lembrou Verstappen em uma entrevista ao podcast Talking Bull. “Ele era o mais calmo. Ele estava muito calmo. Eu estava muito bravo, mas quando o vi tão calmo, isso realmente me acalmou”, continuou.

Max Verstappen acabou sendo prejudicado na classificação (Foto: Rodrigo Berton/Agência WarmUp)

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Mas além do próprio pessimismo, o tetracampeão revelou que nem mesmo as pessoas de dentro da Red Bull estavam tão confiantes de que a situação poderia melhorar dali em diante. Ao lembrar do momento em que se reuniu com todos poucas horas depois, antes da corrida, já que tudo aconteceu no mesmo dia, disse que ainda tinha na memória a imagem de alguns “rostos tristes”.

“Quando paro para pensar naquele dia, consigo sentir o momento em que estava no escritório, quando estávamos nos preparando para a corrida, porque tudo aconteceu no mesmo dia. Havia muitos rostos tristes, pois estávamos começando em 17º, e nosso principal rival estava em primeiro”, apontou.

“Então, poderia acontecer uma grande mudança na pontuação, e não poderíamos fazer mais nada naquela altura do campeonato. Todos estavam muito nervosos”, concluiu.

Fórmula 1 agora está oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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