McLaren afirma que F1 não pode “queimar” testes do coronavírus “só para correr”

O chefe da McLaren, Andreas Seidl, mostrou preocupação social ao afirmar que a Fórmula 1 não pode voltar às pistas, algo que vai requerer bastante testagem dos envolvidos, num momento em que testes ainda farão tanta falta


 
A Fórmula 1 mira um retorno às atividades oficiais no começo de julho, na Áustria, mas a situação ainda não tem definições claras. E, segundo o chefe da McLaren, Andreas Seidl, é necessário que a categoria tome muito cuidado. E não apenas com os membros da organização e das equipes, mas também com a situação social ao redor do muito. É fundamental que a F1 não tire testes do novo coronavírus de pessoas com problemas sérios de saúde. 
 
Seidl destacou que o retorno precisa ser com a certeza de que todo o pessoal envolvido na F1 está resguardado e que não faltará material sanitário e de testagem. Entretanto, isso não pode acontecer enquanto a pandemia seguir em níveis extremos mundo afora, porque significaria que o Mundial desfalcou organizações de saúde importantes.
 
"O que eu acho que importante é a aprovação da opinião pública sobre o retorno dos eventos. É importante que voltemos a correr apenas quando tivermos certeza com relação aos equipamentos que podem nos proteger e quando pudermos garantir a quantidade de testes necessária para testar a todos", afirmou à revista inglesa 'Autosport'.
 
"E precisamos ter certeza de que [os testes] estejam disponíveis para pessoas que realmente precisam, que nós não seremos um pessoal queimando testes e materiais de proteção só para poder correr", seguiu.
Carlos Sainz (Foto: McLaren)
"Creio que há um grande desejo das pessoas, do público, dos fãs, que especialmente nestes períodos de isolamento que eventos esportivos aconteçam novamente, ainda que seja somente na TV. Mas é claro que temos muitos aspectos a considerar", continuou.  
 
Além da questão sanitária, há um outro ponto: a abertura das fronteiras mundo afora. Para que a F1 aconteça é fundamental que os países permitam o tráfego de pessoas.
 
"Como sempre, o mais importante é proteger nosso pessoal. Definitivamente não podemos voltar a correr até que saibamos que, com certeza, nosso pessoal está em segurança. Aí, depois disso, dependerá simplesmente das diretrizes de nossos países, em primeiro lugar, e depois das regras para viagens. Precisamos que poderemos viajar para fora e depois voltar aos nossos países. Temos de esperar para diferentes países decidirem se as corridas devem acontecer", apontou.
 
"É necessário esperar a decisão dos promotores, especialmente com as mudanças de datas para várias corridas. Os promotores precisam estar dispostos e tudo precisa fazer sentido do ponto de vista comercial para eles", encerrou. 
 
A McLaren de Seidl foi a primeira equipe a abandonar o GP da Austrália, em março, quando um membro do time testou positivo para o coronavírus. 

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