McLaren anda para trás, perde brilho e segue na briga por top-3 na regularidade dos pilotos
A McLaren começou 2020 com pódio no GP da Áustria, depois conseguiu alguns outros bons resultados. Nas últimas corridas, porém, ficou pelo caminho e viu as rivais Renault e Racing Point crescerem, apertando a briga pelo terceiro lugar no Mundial de Construtores
O Mundial de Construtores da temporada 2020 da Fórmula 1 já foi decidido, com a Mercedes levando o hepta. Entre os pilotos, Lewis Hamilton está com folga na liderança do campeonato e podendo conquistar o sétimo título na categoria e se igualar a Michael Schumacher. Mas se você procurar uma boa disputa, ela estará um pouco atrás, pela terceira posição no campeonato de equipes e envolve três times: Renault, McLaren e Racing Point.
Apesar da boa disputa já ter sido comentada algumas vezes no GRANDE PRÊMIO, o assunto deste texto é especificamente a McLaren. A equipe de Woking começou o ano com bom desempenho e até mesmo um pódio no GP da Áustria, com Lando Norris. O britânico e o companheiro, Carlos Sainz, eram frequentes entre os primeiros colocados, mas isso mudou especialmente após o GP da Itália — curiosamente, o melho resultado do time na atual temporada.
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Em Monza, Sainz esteve bem próximo da vitória, lutando contra Pierre Gasly até a bandeirada, mas precisou se contentar com o segundo lugar. Lando Norris ficou em quarto. De lá para cá, foram cinco etapas e, por mais que a McLaren tenha pontuado com pelo menos um carro em quatro oportunidades, a equipe viu as rivais Renault e Racing Point embolarem a briga na tabela. E esse é o grande problema.
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Vamos destrinchar um pouco mais. Depois da etapa em Monza, Norris terminou apenas duas corridas, ambas na zona de pontuação, mas abandonou em Nürburgring e ficou fora do top-10 em outras duas ocasiões. Sainz abandonou na Toscana e na Rússia, mas pontuou nas provas seguidas. Não parece tão ruim, certo? É, correto, mas aí precisamos ver as adversárias.
Na Renault, Daniel Ricciardo conseguiu dois pódios no período, em Eifel e Emília-Romanha. Pela Racing Point, Sergio Pérez fez bons pontos em todas as etapas depois de Monza e, por mais que Lance Stroll simplesmente não tenha pontuado, o substituto Nico Hülkenberg fez bonito em Nürburgring, quando foi chamado às pressas.
A McLaren continua na briga pelo terceiro lugar no Mundial de Construtores, isso é inegável, mas a equipe parece ter parado no tempo. Com crise financeira que atingiu o time de Woking no início do ano, é normal que não tenham grandes investimentos no carro deste ano, mas uma boa pontuação no campeonato pode dar um gás nesta questão. A equipe, por isso, depende da regularidade dos pilotos.
Toda santa corrida, Norris ou Sainz estão no top-10 garantindo alguns pontinhos para a McLaren. Em Ímola, o espanhol foi sétimo e acompanhado pelo companheiro de equipe. Com os 10 tentos conquistados na pista italiana, o time chegou ao melhor resultado — tirando Monza — desde o GP da Hungria, terceira etapa do calendário.
Voltando ao nosso recorte das últimas cinco corridas, a dupla da Renault marcou 64 pontos, a Racing Point conseguiu 52 e a McLaren apenas 36. Com azares ou quebras, Norris e Sainz perderam terreno para os adversários e agora restam quatro corridas para uma virada. Tudo bem que a situação é apertada, com um ponto separando as três equipes e a Renault na frente.
Assista ao trecho em que a mudança de Daniel Ricciardo para a McLaren em 201 foi assunto no BRIEFING:
Ainda há muitos pontos em jogo, muita indefinição no certame, mas é possível notar uma certa insatisfação. Após a corrida em Ímola, Lando Norris reclamou de falta de ritmo “para conseguir algo melhor”. No dia anterior, na classificação, foi Carlos Sainz quem esbravejou.
Dentro da disputa, mas longe dos pódios como no começo do ano, a McLaren precisa ligar o alerta não só para 2020. Neste ano, os pilotos conseguem manter uma regularidade e evitar o desastre diante de Renault e Racing Point. Mas e para 2021, quando os carros não devem mudar? Norris, dessa vez ao lado de Ricciardo, vai conseguir elevar o nível ou continuar estacionado? São questões que perambulam por Woking e podem ser cruciais ainda neste ano.
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