McLaren anuncia fim de parceria com Petrobras após duas temporadas

Durou apenas dois anos o retorno da Petrobras à Fórmula 1. A McLaren anunciou que as duas partes chegaram a um acordo para romper o acordo, originalmente com duração de seis anos. A manobra já tinha apoio público do presidente Jair Bolsonaro

A parceria entre Petrobras e McLaren chegou ao fim. Um comunicado divulgado pela equipe britânica na manhã desta segunda-feira (4) afirmou que, através de um “acordo mútuo”, as duas partes optaram por um divórcio apenas dois anos após o retorno da petrolífera brasileira ao grid da Fórmula 1.
 
Apesar do acordo se encerrar consideravelmente antes do previsto – fontes ouvidas pelo GRANDE PRÊMIO afirmam que o contrato original tinha duração de seis anos –, as declarações de McLaren e Petrobras trazem um tom positivo. A empresa brasileira sente que conseguiu evoluir do ponto de vista tecnológico, o que deixou os britânicos satisfeitos.

O GP apurou ainda que a multa de rompimento de acordo foi de R$ 100 milhões, o que equivale aproximadamente a £ 20 milhões — ou seja, dois anos de contrato.

McLaren e Petrobras já não são mais parceiras na F1 (Foto: McLaren)

"Reconhecemos a importância da McLaren no esporte a motor global e estamos satisfeitos com os resultados que entregamos durante dois anos de parceria”, disse Roberto Castello Branco, diretor executivo da Petrobras. “O projeto permitiu com que a Petrobras desenvolvesse gasolina de alta tecnologia e lubrificantes por meio de pesquisas com novas matérias-primas e testes executados em condições extremas. O desenvolvimento tecnológico será utilizado no lubrificantes e combustível. Vemos na McLaren o comprometimento de inovar e a possibilidade de parcerias no futuro", seguiu.

 
"Gostaríamos de agradecer a Petrobras pela parceria e suporte”, emendou Zak Brown, chefe da McLaren na F1. “Temos muito respeito por suas capacidades científicas e técnicas, e não existem dúvidas de que os técnicos da empresa fizeram progresso substancial no tempo em que trabalhamos juntos. Desejamos sucesso a todos na Petrobras e esperamos vê-los de volta no esporte no futuro", concluiu.
 
O fim da parceria já havia sido cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o governante divulgou valores errôneos a respeito do investimento e da duração do contrato da Petrobras na F1.
 

 
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