McLaren compara duelo de Pérez e Button no Bahrein a Prost e Senna e diz que pilotos já se entenderam

A equipe inglesa disse que não costuma interferir no duelo entre os pilotos na pista. Para isso, o diretor-esportivo, Sam Michael, lembro que o time também não dava ordens a Ayrton Senna e Alain Prost há algumas décadas

A paz voltou a reinar na McLaren. Depois de Sergio Pérez e Jenson Button terem se estranhado durante a disputa do GP do Bahrein, no último domingo (21), a equipe inglesa reuniu os dois pilotos imediatamente após a prova para esclarecerem a situação. Satisfeito com o resultado, o diretor-esportivo da escuderia, Sam Michael, disse que eles tiveram a oportunidade de falar o que tinha acontecido e ouviram da equipe que são livres para duelarem, desde que de forma limpa.

“Tanto Jenson quanto Checo tiveram a oportunidade de expressar seus pontos de visto, e nós também pudemos dar a posição da equipe”, disse. “A nossa posição é bem simples. A McLaren permite que seus pilotos pilotem duro, de uma maneira limpa e como retorno espera que eles respeitem essa confiança e não nos decepcionem”, declarou o dirigente à revista inglesa ‘Autosport’.

“Foi uma boa discussão, e tanto Jenson quanto Checo puderam falar sobre os problemas, assim como se entenderem”, acrescentou o diretor, contente com a postura adotada pelos pilotos durante o encontro.

Button e Pérez se estranharam no GP do Bahrein (Foto: Getty Images)

Durante a corrida do último domingo, Pérez e Button disputaram posição de maneira calorosa na pista. Os dois chegaram a se tocar algumas vezes, com o britânico reclamando bastante pelo rádio. O mexicano não perdeu tempo e respondeu ao companheiro de equipe, e o embate continuou até as entrevistas após a prova, quando a McLaren os convocou para a reunião.

A portas fechadas, Pérez admitiu que mesmo arrojado quase colocou a perder um possível bom resultado da McLaren no Bahrein. Button, por sua vez, disse que poderia ter esperado a corrida acabar para conversar sobre os incidentes ao invés de gritar pelo rádio.

“Checo estava compreensivelmente satisfeito com seu desempenho, mas ele entende que algumas vezes corre um risco muito grande. Jenson também reconheceu que durante a corrida reagiu de forma exagerada às ocorrências. Juntos, nós revimos todos os detalhes, e o conteúdo preciso não é apropriado para discussões externas”, contou Michael sem dar maiores detalhes.

Embora a escuderia inglesa realmente tenha ficado aflita com a disputa em Sakhir, Sam Michael afirmou que faz parte da filosofia do time não se meter. “A equipe também aceitou que, em não impor ordens de equipe a nossos pilotos, mesmo vendo que a batalha aumentava nos monitores do pit-wall, nós não estávamos adotando uma estratégia cautelosa. Mas é dessa maneira que a McLaren compete. Sempre foi assim e sempre vai ser”, disse.

“Alguns dos momentos mais emocionantes da era moderna da F1 foram entre os companheiros de equipe de McLaren Ayrton Senna e Alain Prost, que lutavam na pista no fim dos anos 1980, e Ron Dennis também não dava ordens de equipe naquela época”, completou o dirigente.

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