McLaren crê que “não vai ter onde se esconder” com motor “modelo” da Mercedes

De acordo com o chefe da McLaren, Andreas Seidl, a mudança de fornecedora de motor - da Renault para a Mercedes - foi a decisão correta, mas coloca o time inglês na obrigação de competir no mais alto nível

A McLaren está cuidando do futuro em 2019. Após alcançar uma marca de 100 pontos no campeonato pela primeira vez desde 2014, a equipe inglesa anunciou que, a partir da temporada 2021, irá utilizar motores fornecidos pela Mercedes. A decisão é encarada como um passo adiante, mas o chefe Andreas Seidl deixa claro: com isso, não há mais como criar desculpas para não competir.
 
Seidl, antes responsável pela direção-esportiva da Porsche que montou uma operação campeã no WEC e se mudou para a Fórmula E, chegou para a temporada 2019 e a McLaren imediatamente melhorou de forma drástica e opera sem sequer ser contestada na briga pelo topo da 'F1 B'. Com a Mercedes, um passo a mais é esperado. 
 
Outro objetivo de Seidl para o futuro é na parte de infraestrutura. Ele acredita que um novo túnel de vento, por exemplo, é prioridade.
 
"Minha tarefa é cuidar da equipe de F1 e juntar, o mais rápido possível, todos os elementos que acredito serem necessários para obter sucesso no futuro. Isso inclui questões organizacionais, infrastrutura, como um novo túnel de vento, e escolher a fornecedora são coisas importantes também", afirmou.
Andreas Seidl e Zak Brown (Foto: McLaren)
"A Mercedes é claramente o modelo dessa era híbrida em termos da unidade de força, então foi uma das principais razões para tomar essa decisão. A Mercedes, enquanto equipe, com esse motor, é claramente o modelo dos dias atuais. A melhor coisa a fazer é ter o mesmo trem de força que a melhor equipe do paddock. E, então, não temos onde nos esconder", seguiu. 
 
Apesar das regras do campeonato mudarem para 2021, Seidl garante que não há preocupação. Os motores não serão mudados drasticamente, afinal. 
 
"Com as regras permanecendo as mesmas para a unidade de força, há convergência entre as montadoras. Já vimos que estão todas próximas, o que é bom para nós, enquanto equipe independente e que não faz o próprio motor, mas acho que tudo que a Mercedes mostrou nos últimos cinco ou seis anos em compromisso, qualidade, confiabilidade, tudo, convence de que é o caminho correto", comentou.
 
Após o diretor-executivo Zak Brown afirmar que a decisão da mudança da Renault para a Mercedes foi de Seidl, o chefe comemorou a liberdade.
 
"Uma decisão como essa é algo que discutimos bastante com todos os envolvidos. Converso muito no dia a dia com o Zak sobre como devemos abordar o futuro, mas no fim a decisão foi fácil. Estou feliz por ter esse suporte dos acionistas, em termos de estabelecer minha visão", finalizou.
 
A F1 segue com o GP do Japão da próxima semana.
 

 
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