McLaren e Lotus apoiam decisão, mas afirmam que Red Bull precisa mostrar aos pilotos quem manda
A Red Bull afirmou que vai tentar resolver os problemas entre Sebastian Vettel e Mark Webber internamente após o polêmico GP da Malásia. Porém, chefes de McLaren e Lotus afirmaram que a equipe austríaca precisa mostrar aos pilotos quem de fato está no comando
Rivalidade entre Senna e Prost teve início com atitude como a de Vettel |
A situação vivida na Red Bull no último fim de semana, na Malásia, quando Sebastian Vettel desrespeitou uma ordem da equipe e duelou com Mark Webber pela vitória, ganhou repercussão também entre os chefes de equipe do grid da F1. A atitude do tricampeão irritou Webber, que criticou publicamente o companheiro e a esquadra austríaca, gerando desconforto no time. Como consequência da manobra desastrada de Vettel, a equipe chefiada por Christian Horner chegou a emitir um comunicado breve na noite desta segunda-feira, explicando que vai tentar resolver internamente o problema.
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"É importante notar que esta não é uma situação totalmente nova para nós", afirmou o comunicado. "Cada incidente é tratado de modo particular e a portas fechadas, e este não será diferente", completou. Com a Red Bull preparada para lidar com o episódio fora dos holofotes do paddock, os comandantes de McLaren e Lotus afirmaram que, antes de tudo, o time austríaco precisa mostrar a seus pilotos quem, de fato, está no controle.
"Você não tem escolha. Precisa sentar e lidar com isso", disse Martin Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren. "O piloto se coloca em uma posição acima de tudo, mas a equipe é maior que qualquer piloto, não é? E isso acontece em qualquer equipe", disse o inglês. "Com um time de 600 a 700 pessoas, você realmente tem de lembrá-los [os pilotos] sobre isso. Porém, pilotos são seres competitivos, então é um grande desafio fazê-los entender", completou o dirigente.
Eric Boullier, comandante da Lotus, teve discurso semelhante ao do adversário. "Não sei a história toda, mas parece que com a Red Bull, Vettel sempre foi favorecido na comparação com Mark. Não é fácil. Mas você tem de sentar e conversar. A equipe também pensa no Mundial de Construtores, por isso pediram a Webber e Vettel para que mantivessem as posições. É preciso explicar as razões para esse tipo de decisão. Obviamente, entendo que Seb queira vencer, assim como Mark, porque está pensando no campeonato e sabe que será difícil mais tarde. Porém, como chefe, exceto se você for favorecer claramente um piloto, precisa fazer o que é melhor para a equipe", disse.
Whitmarsh ainda lembrou a própria condição da McLaren em 2007, em meio ao tumultuado relacionamento entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton. O britânico disse que a equipe de Woking pagou o preço por ter deixado a disputa seguir sem interferências ao perder o título daquela temporada. "É muito fácil para mim dizer que não fazemos isso e condenar os outros, mas não é isso. Qualquer um pode se virar contra nós e dizer que jogamos um campeonato fora em 2007, porque não optamos por ordens de equipe, não favorecemos ninguém e poderíamos ter sido campeões", afirmou.
"Essa é a verdade, mas não me sinto bem com isso. Poderíamos, sim, ter feito um acordo em Woking e ter decidido por Alonso ou Hamilton. E uma parte de mim sempre vai lembrar que poderíamos ter vencido aquele campeonato, mas, no geral, acho que não me sentiria bem. Se estiver um dia na mesma situação, acho que vou agir da mesma forma", acrescentou o britânico.
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