McLaren vê erro de Norris, mas ataca pena “desproporcional” saída de livro “empoeirado”

Chefe da McLaren, Andrea Stella admitiu que Lando Norris não reduziu a velocidade em um trecho de bandeira amarela durante o GP do Catar deste domingo (1). Ainda assim, o dirigente considerou que a pena foi desproporcional

Chefe da McLaren, Andrea Stella reconheceu o erro de Lando Norris ao não reduzir a velocidade em um trecho de bandeira amarela durante o GP do Catar deste domingo (1), mas se mostrou contrário à punição aplicada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo). O dirigente considerou que a pena de um stop & go de 10s saiu de um livro de regras “empoeirado” e foi desproporcional.

Norris foi punido já na reta final da corrida por não ter reduzido a velocidade em um trecho de bandeira amarela em Lusail. Após a corrida, a McLaren assumiu que o britânico, de fato, não diminuiu o ritmo e, ainda que tenha apresentado atenuantes, assumiu que a responsabilidade do piloto.

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“Checamos os dados. De fato, Lando continuou com tudo. Temos de dizer que o setor ficou amarelo assim que Lando entrou no setor, mas a exigência é muito clara, você precisa tirar o pé e é responsabilidade do piloto reconhecer que está em um setor de bandeira amarela e que precisa tirar o pé”, seguiu.

“Ao mesmo tempo, acho que é bem peculiar ter uma bandeira amarela acionada e depois removida, mas, de fato, a situação naquele setor era a mesma — havia detritos na pista”, comentou. “Em algum momento, mereceu uma bandeira amarela e aí, alguns segundos depois, não merecia, o que simplesmente uma infelicidade”, lamentou.

Andrea Stella não escondeu irritação com punição aplicada a Lando Norris (Foto: McLaren)

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Stella, no entanto, não deixou passar batida a insatisfação com a medida da pena. O dirigente considerou que a FIA perdeu senso de proporção e que tem na corrida deste fim de semana uma “oportunidade de fazer melhor”.

“E aí a aplicação da punição, acho que perdemos qualquer senso de proporção e qualquer senso de especificidade”, disparou. “Podemos olhar especificamente para a infração, o nível de risco associado à situação e o fato de a bandeira amarela ter sido removida? E aí julgar usando este tipo de elemento — proporção e especificidade — ao invés de dar uma olhada em qualquer livro de regra, provavelmente todo empoeirado, e aí aplicar sem nenhum senso crítico”, acrescentou.

“Então, deste ponto de vista, acho que existe uma oportunidade de a FIA fazer melhor”, concluiu.

A Fórmula 1 retorna já no próximo fim de semana, entre os dias 6 e 8 de dezembro, com o GP de Abu Dhabi. Será a 24ª e última etapa da temporada 2024.

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