McLaren justifica ordens de equipe em Baku: “Segurar Ocon e maximizar resultados”

Largando em 11º e 12º no GP do Azerbaijão, respectivamente, Lando Norris e Daniel Ricciardo foram colocados em estratégias diferentes pela McLaren. Enquanto o britânico começou a corrida em Baku de pneus médios e, na 20ª volta, trocou pelos duros, o australiano fez o contrário: stint inicial de compostos de faixa branca e troca pela faixa amarela.

As diferentes estratégias possibilitaram que Ricciardo fizesse o undercut no companheiro de equipe e ficasse à frente. Entretanto, o australiano já havia reclamado no rádio que estava mais rápido do que Norris na pista e, portanto, poderia ultrapassá-lo. A McLaren afastou tal cenário.

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O mesmo aconteceu no fim da corrida, mas, novamente, de maneira inversa: era Norris o piloto mais rápido da McLaren, imediatamente atrás de Ricciardo. O britânico pediu passagem, mas teve a proposta negada pela equipe de Woking – que, na figura de seu chefe, Andreas Seidl, justificou o uso das sempre polêmicas ordens de equipe.

“Acho que o que ouvimos no rádio é o que você gostaria de ouvir de todo os pilotos: ser ambicioso e tentar ter a melhor corrida possível para si. É por isso que existe um time, para que haja garantia de que saíssemos com o melhor cenário possível, sem o risco de perder os dois carros por uma colisão entre eles”, começou a falar Seidl. “Se Daniel (Ricciardo) tivesse ultrapassado Lando (Norris) no começo da corrida, teríamos em mãos um ‘iô-iô’ – como já vimos com outros times neste ano. Mas os dois ainda estariam empacados trás de (Fernando) Alonso e correndo o risco de (Esteban) Ocon ultrapassar ao menos um deles”, analisou.

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“Nossa ideia era de segurar a posição dos dois carros atrás de Alonso, com a certeza de que seguraríamos Ocon – o que fizemos”, justificou o chefe da McLaren. De fato, Ricciardo (8º) e Norris (9º) terminaram a corrida atrás de Alonso (7º), mas à frente de Ocon (10º).

Questionado quanto às diretrizes da McLaren sobre o uso de ordens de equipe, Seidl fez questão de esclarecer que elas só aconteceram em Baku por conta das “estratégias diferentes” de Ricciardo e Norris.

“Depende das circunstâncias. Nossos pilotos são livres para competir e sempre tentamos prover a eles as mesmas oportunidades, porque essa é nossa responsabilidade. Mas, se estivermos em estratégias diferentes ou algo do tipo, obviamente, você precisa se assegurar de que, como um time, vai maximizar os resultados”, finalizou o chefe da equipe de Woking.

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