McLaren projeta 2019 “diferente” com Sainz e Norris e espera carro melhor: “A gente sabe onde errou”

A McLaren vai renovar completamente sua dupla de pilotos para o ano que vem: saem Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne e entram Lando Norris e Carlos Sainz. Gil de Ferran projeta desafios diferentes com os jovens e também acredita em um carro melhor na esteira de anos bem difíceis

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A temporada 2019 do Mundial de F1 vai ser um tanto atípica para a McLaren. A última vez que a equipe dona de oito títulos nos Construtores ficou sem um campeão do mundo nos seus boxes foi em 2006, quando Kimi Räikkönen — que ainda não havia conquistado o título — e Juan Pablo Montoya formaram dupla. Desde então, Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Jenson Button e, novamente, Alonso, trouxeram um peso diferente em razão da experiência e da trajetória vitoriosa no esporte.
 
Mas com a saída de Alonso ao fim da temporada, a McLaren resolveu radicalizar. Contratou Carlos Sainz Jr. para a vaga deixada pelo bicampeão do mundo e promoveu Lando Norris ao posto de titular depois de dispensar o belga Stoffel Vandoorne. A jovem dupla anglo-espanhola vai ser uma das mais jovens da história da equipe de Woking, com média de idade de apenas 21,5 anos.
 
Em entrevista coletiva à imprensa brasileira no fim de semana em Interlagos, Gil de Ferran, diretor esportivo da McLaren desde julho, ressaltou o vazio que Alonso vai deixar. Ao ser perguntado pelo GRANDE PRÊMIO sobre como projeta a equipe sem a presença do bicampeão, o dirigente brasileiro disse que as mudanças fazem parte da vida e que o time vai viver desafios diferentes com a nova dupla no ano que vem. 
Gil de Ferran e a missão de ajudar a reerguer a McLaren na F1 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

“É impossível dizer que a gente não vai sentir falta do Fernando. Considero o Fernando como um dos melhores pilotos da história da F1. Então não tem como negar. Ele vai deixar um espaço grande. Mas é o sentido da vida, as coisas são como o relógio anda. Andamos para a frente, e tanto o Lando como o Carlos são dois pilotos jovens”, salientou.

 
“Então vamos ter desafios diferentes, coisas diferentes, problemas diferentes e oportunidades diferentes para lidar. Mas vejo isso não como uma coisa negativa, mas como o sentido natural das coisas”, analisou Gil.
 
De Ferran considera que o principal é fazer com que pilotos e a equipe consigam trabalhar bem juntos. Assim, o diretor esportivo da McLaren tem premissas básicas para suprir a falta de uma grande referência e trabalhar com dois jovens talentos.
Lando Norris é o escolhido da McLaren para fechar dupla com Carlos Sainz para 2019 (Foto: F1/Twitter)

“Acho que cabe à equipe conhecer qualquer piloto que tenha da melhor maneira possível e tentar estabelecer um relacionamento que se encaixe bem com as características deste piloto, seja lá qual elas forem, e fazer com que o piloto trabalhe junto com a equipe, que a gente consiga otimizar esse relacionamento”, disse.

 
“De novo, tem a ver com o relacionamento que você cria com o piloto, a clareza com que você se comunica, a confiança que um tem no outro, ter uma compreensão boa tanto dos problemas como das oportunidades que podem aparecer. Não existe um programa especial, só uma vontade muito grande de você estabelecer um relacionamento forte com os pilotos”, explicou.
 
 
Superando os pontos fracos
 
Além da saída de Alonso, a McLaren precisa de um bom carro para apagar mais um ano ruim na sua trajetória. No fim de 2017, o discurso era que, sem a Honda e com a Renault como nova fornecedora de motores, a meta era que o time voltasse ao pódio da F1, o que não acontece desde a primeira corrida da temporada 2014. Desde então, os insucessos se acumulam e os bons tempos na F1 tornam-se cada vez mais distantes.
 
Gil deixa claro que a McLaren sabe onde errou no projeto do carro deste ano e, aprendendo com os erros, a expectativa é que 2019 possa ser um ano mais positivo para a equipe. E com um carro substancialmente melhor.
Na reta final de 2018, a McLaren luta com a Williams pelas últimas posições do grid (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

“Toda a experiência que a McLaren tem, seja neste ano, no ano passado ou no anterior, frequentemente a gente olha bastante para trás para entender o que foi feito ao longo dos anos. Isso faz com que você tome uma decisão olhando para a frente. É uma questão de absorver e entender toda a experiência que você tem ao longo dos anos. Na verdade, esse é um processo que sempre é feito”, salientou.

 
“Aliás, experiências boas são úteis e experiências não tão boas também são úteis, porque você aprende bastante com os erros. Acho que, com relação ao carro deste ano, por exemplo, a gente entende bem onde errou, onde não foi bem, quais os pontos fracos do carro, a gente compreende bem isso. E toda essa compreensão acho que vai nos ajudar a fazer um carro melhor no ano que vem”, ponderou. De Ferran, contudo, não revela sobre quais são os pontos fracos do MCL33.
 
Mesmo com a perspectiva de grande mudança no regulamento técnico da F1 para 2021, a McLaren evita pensar somente adiante, a médio e longo prazo, e projeta uma melhora de imediato.
 
“A gente está tentando melhorar o mais rápido possível. Mas, ao mesmo tempo, a gente entende que o desafio é grande e a coisa é difícil. Claro, acho que a oportunidade mais definida seria em 2021, mas isso não quer dizer que a gente não está tentando chegar lá o mais rápido possível. Muitas coisas estão sendo estudadas em relação ao regulamento para 2021 tanto na parte econômica quanto na parte técnica, e acho que as ideias estão sendo debatidas. Vai ser interessante. [Teto orçamentário] é uma coisa que está sendo discutida e acho interessante, sim”, finalizou De Ferran, com a missão de ajudar a McLaren a voltar a trilhar o caminho dos pódios e das vitórias na F1.

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