CEO da McLaren diz que Fórmula 1 caminha para ser “tão competitiva quanto Indy”

Com equipe tanto na Fórmula 1 quanto na Indy, Zak Brown acredita que a grande questão em torno de um novo domínio da Red Bull é saber o quanto os taurinos ainda podem evoluir

O domínio da Red Bull visto na temporada 2023 da Fórmula 1 provavelmente não vai se repetir nos próximos dois anos, na opinião de Zak Brown. O CEO da McLaren, inclusive, acredita que a estabilidade do regulamento da categoria já a aproxima do nível de competitividade visto atualmente na Indy, principal classe de monopostos dos Estados Unidos.

Além da tradição na F1, a McLaren é uma das equipes de ponta da Indy. Em 2023, apesar do título antecipado de Álex Palou, da Ganassi, as classificações da categoria americana foram acirradas, e outros pilotos também venceram corridas, entre eles Scott Dixon e Josef Newgarden.

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Analisando o ano da F1, Brown falou à imprensa que vê a classe alcançando o grau de disputa visto na Indy, sobretudo por conta da estabilidade do regulamento aliada ao teto orçamentário — o próprio time de Woking, por exemplo, conseguiu dar um salto significativo na segunda metade da temporada 2023.

“Se olharmos as tabelas de tempos, mesmo equipes que estão em nono e décimo [na classificação] são uma ameaça para o Q3”, começou Brown. “Para o campeonato, possivelmente serão os mesmos personagens, mas acho que a Fórmula 1 ficará mais competitiva. Acho que será mais como a Indy, com vários pilotos podendo vencer ao mesmo tempo e raramente alguém fugindo na liderança”, acrescentou.

McLaren conseguiu a quarta posição no Mundial de Construtores (Foto: AFP)

“Se Max [Verstappen] tivesse bobeado, o campeonato teria sido um pouco diferente, quantos subiram ao pódio, quantos terminaram em segundo. Estou antecipando essa aproximação e acho que será ótimo para o esporte, não haver esse nível de domínio e ter sete, oito pilotos capazes de vencer em qualquer fim de semana. Acho que estamos caminhando para isso”, salientou Brown.

Em 2023, a Red Bull só perdeu uma única corrida na temporada, o GP de Singapura, porém a equipe taurina errou tanto a mão no acerto do carro que Verstappen admitiu nem considerar a prova de Marina Bay em seu ranking de piores e melhores GPs. Brown, então, foi questionado sobre o tempo que levará até a vantagem da base em Milton Keynes ser neutralizada e alertou que a questão é saber o quanto mais o time chefiado por Christian Horner pode evoluir.

“Todo mundo o alcançou em algum momento durante um fim de semana, então não acho que alguém esteja muito longe”, refletiu Zak. “Agora estamos aqui, a não ser que Max e Red Bull continuem fazendo o que estão fazendo”, avisou.

“Mas, novamente, não sabemos quando a Red Bull parou [o desenvolvimento do carro]. E acho que só saberemos isso no ano que vem, se eles continuarem fortes. Não creio que tenham trabalhado tanto quanto o resto de nós, eles simplesmente não precisavam. Porém a Ferrari parece muito forte, a Mercedes aos sábados, tivemos nossos dias, a Aston [Martin] começou superforte. Portanto, acho que não estamos longe dessa convergência”, finalizou.

Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024, com os testes coletivos da pré-temporada, no Bahrein.

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