McLaren vê importância em piloto americano, mas contemporiza: “F1 está em alta sem isso”

Zak Brown admitiu que seria ótimo ver um piloto americano no grid da Fórmula 1 ano que vem, mas descartou que a categoria fique com a popularidade prejudicada nos Estados Unidos caso isso não aconteça

A Fórmula 1 fará história na próxima temporada com três etapas programadas para os Estados Unidos, e tudo isso é parte dos esforços da categoria em estar cada vez mais próxima do público americano. No entanto, o grid segue sem um piloto estadunidense desde 2015, quando Alexander Rossi defendeu a Marussia em cinco GPs, mas Zak Brown não vê a popularidade do esporte em solo americano ameaçada pela falta de um representante em 2023.

Brown falou sobre o assunto durante o fim de semana em Laguna Seca, que encerrou a temporada da Indy. Na visão do CEO da McLaren, a presença de um americano na F1 somaria para os dois lados, mas a categoria máxima do automobilismo mundial consegue ser popular no país por si só.

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Rossi e Herta foram companheiros de equipe (Foto: Indycar)

“Acho que seria ótimo para ambos se isso acontecer, melhoraria ainda mais a [imagem da] Fórmula 1 aqui”, disse Brown. “Mas não temos nenhum deles no momento, e veja o quanto a F1 é popular na América. Portanto, adoraria ver isso acontecendo, mas não acho que vá acontecer. Hoje, a Fórmula 1 está em alta sem isso”, salientou.

Nas últimas semanas, o interesse da AlphaTauri em ter Colton Herta na equipe no próximo ano trouxe à tona o debate sobre a pontuação da superlicença para os pilotos da Indy, que é inferior à tabela de pontos dada aos pilotos da F2 e da F3, categorias de base. O time de Faenza acabou desistindo de ter Herta depois que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) não liberou o passe ao piloto sem os 40 pontos exigidos.

Outra questão também em pauta é a resistência de boa parte das equipes em aceitar a candidatura da Andretti ao grid da F1 2023, e quanto a isso, Brown sente que os times sempre foram “míopes e só pensam em seus interesses a curto prazo”.

“Pensamos um pouco diferente. Acho que alguém como a Andretti poderia fazer o esporte crescer”, avaliou o dirigente, deixando clara a posição da McLaren a favor do time que leva o nome do campeão da F1 de 1978, Mario Andretti. “O que seria perdido em termos de divisão de receita seria recuperado em mais audiência de TV, patrocínio na América do Norte etc.”

“São algumas equipes que estão tentando proteger a própria renda e não veem o cenário geral”, finalizou Brown.

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