Médico não descarta retorno de Kubica à F1, mas vê problema no cotovelo como principal obstáculo

Quase dois anos após o acidente que quase vitimou Robert Kubica, o médico Igor Rossello afirma que uma volta do piloto à um carro de F1 não está fora de questão, mas o principal problema é o cotovelo do polonês, que está apenas com metade das condições ideais

Nas últimas semanas, Robert Kubica participou de algumas provas de rali e vem mostrando que sua recuperação, após o acidente que quase o matou em 2011, vem sendo bem sucedida depois de passar por inúmeras cirurgias no último ano e meio. Em entrevista ao diário polonês ‘Super Express’, o médico Igor Rossello confirmou que o progresso da recuperação do piloto está dentro do esperado pela equipe médica, que vem acompanhando o ex-piloto da Renault desde o primeiro momento do acidente.

“Falei com o empresário de Kubica, Daniele Morelli, que está ansioso como eu com o progresso e forma de Robert. Não é uma grande surpresa para mim que ele já esteja disputando provas oficiais. Você pode ver que ele está progredindo na regeneração do nervo da mão direita. Ele pode, portanto, usá-lo em tudo, pegar o volante e realizar movimentos básicos”, explicou Rossello.

Kubica pode passar por uma nova cirurgia para corrigir o problema que tem no cotovelo (Foto: Facebook)

Falando de um possível retorno do piloto à F1, o médico não deu garantias de que isso vai acontecer logo e colocou o cotovelo como principal obstáculo, já que Kubica ainda tem sérias dificuldades para fazer movimentos completos nesta parte do braço.

“Estou convencido de que é possível [ele voltar à F1], embora o progresso da reabilitação não seja instantâneo, o que pode levar muitos meses, muitas vezes anos. Pelo que sei, Robert ainda tem problemas com a mobilidade do cotovelo, especialmente com a rotação. Possivelmente, mais adiante, talvez ainda seja necessário aumentar o número de sessões de fisioterapia ou uma nova cirurgia pode ser feita”, contou.

“Por esta razão, um carro de rali é melhor para ele voltar [às competições] por conta da mobilidade no cotovelo. Robert tem problemas para fazer movimentos em um espaço pequeno”, revelou.

De acordo com Rossello, o piloto pode melhorar bem o movimento das mãos no futuro, o que credencia uma possível volta à F1 dentro de alguns meses. “Hoje eu avalio sua eficiência em 50% [do movimento do braço], mas a reabilitação poderia conduzir a uma melhoria adicional, ao nível de 75% a 80%”, disse.

“Com isso, seria perfeitamente adequado pensar nele em um carro de F1. Um dos principais requisitos é reforçar e melhorar os músculos da mão, que têm uma relação direta com as veias. Daí a necessidade de continuar com a fisioterapia. É um processo longo [de recuperação]”, encerrou. 

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