Mercedes defende instrução dada a Rosberg e pede bom senso da FIA. Red Bull acha que rival passou dos limites

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O resultado provisório do GP da Inglaterra deste domingo (10) aponta Nico Rosberg com a segunda colocação e Max Verstappen completando o pódio. Mas o resultado oficial, no entanto, pode ser diferente. Uma reunião entre Mercedes, Rosberg e os comissários da FIA vai decidir o que será feito do líder do campeonato. A razão: o aviso da equipe via rádio para que Nico ficasse longe da sétima marcha nas últimas voltas da corrida. E enquanto o time alemão se defende, a Red Bull espera que a FIA haja de acordo com as regras que implantou.

Rosberg tinha um problema na caixa de câmbio que era potencialmente terminal. Falou com a equipe e ouviu de volta o que deveria fazer para levar o carro até o final. A segunda colocação ficou a perigo, mas Max Verstappen, já de pneus muito desgastados, não chegou. Agora, a FIA vai julgar se, segundo as novas regras de comunicação via rádio, a Mercedes passou dos limites. Se julgar que sim e der um acréscimo de tempo a Nico – ainda que seja de 5s, o menor deles -, o #6 perde a segunda colocação para Verstappen.
Na Mercedes o clima é de confiança. E o diretor-executivo Toto Wolff julga que há uma necessidade de se permitir ao menos que as equipes avisem seus pilotos caso tenham problemas que sejam passíveis de abandono de corrida.

“Creio que a ideia básica de limitar a comunicação dos pilotos é não ficar guiando do rádio e fazendo-os parecer controlados por controle remoto. Isso é bom, mas talvez, com todas essas tecnologias e quantidade de partes eletrônicas nós devemos ser permitidos pelo menos a avisar quando é um problema terminal”, opinou.

O momento da ultrapassagem de Verstappen em cima de Rosberg

“Ou o piloto não vai mais conseguir lidar com a eletrônica. A FIA precisa decidir, e certamente vamos discutir no Grupo de Estratégia”, falou.

Do outro lado da expectativa, o chefe da Red Bull, Christian Horner, preferiu não ser muito polêmico e ressaltou que é uma questão para os comissários. No entanto, ressaltou ele, de acordo com a regulamentação em vigor é fora dos limites.

“Obviamente é com os fiscais e eles vão decidir. Eu imagino que a questão que se perguntarão é ‘o que aconteceria se [a equipe] não o instruísse de algo’”, questionou. “Ele passou por nós muito, muito lento e obviamente ajustou qualquer que tenha sido o problema que havia no modo do motor e posição do câmbio. Isso, segundo as regras são escritas hoje, não é certo. Mas é com os fiscais, eles é que vão decidir”, disse.

A decisão deve sair nas próximas horas, e o GRANDE PRÊMIO acompanha a reunião e noticiará a decisão tão logo ela seja oficializada.