Mercedes descarta mística na F1 após anos de domínio e reconhece que 2022 já é passado
Chefão da Mercedes, Toto Wolff fez uma avaliação da temporada difícil da octacampeã em 2022 e disse que não há mais nada que possa ser feito. E embora ainda encare o GP de São Paulo como um “grande teste”, o dirigente já prega que a equipe “olhe para o amanhã”
Já não representa nenhum grande choque dizer que a Mercedes errou o projeto de 2022, dentro da mudança de regulamento da F1 que trouxe de volta o efeito-solo. A equipe de engenharia chefiada por Mike Elliott e James Allison optou por um modelo extremo, que se mostrou difícil de interpretar. Ao longo da temporada, a esquadra promoveu diversas atualizações para tentar compreender melhor sua criação, porém, neste momento, restando duas etapas para o fim do campeonato, o W13 já é parte do passado. E quem garante é Toto Wolff, o chefão do time que venceu todos os campeonatos entre 2014 e 2021.
O dirigente, que tem reduzido sua presença nas etapas desta reta final de disputa, foi um dos nomes celebrados em um evento sobre tecnologias, o Web Summit, em Lisboa, na última semana. O GRANDE PRÊMIO acompanhou de perto a participação do austríaco, que falou sobre sua experiência à frente da Mercedes. Wolff não se furtou ao falar do ano difícil da esquadra alemã e os próximos passos.
Relacionadas
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
“Está sendo uma temporada muito difícil para nós”, admitiu Toto, que liderou os oito títulos da Mercedes na F1 – no maior domínio da história. De fato, a esquadra não obteve nenhuma vitória e figura apenas na terceira colocação no Mundial de Construtores, atrás da já campeã Red Bull e da Ferrari.
Também diante de uma nova (velha) rival dominante, o austríaco de 50 anos estabeleceu uma comparação e foi direto sobre as próprias dificuldades. “Não há mística na Fórmula 1“, atribuindo ao carro deste ano o principal entrave para a briga pelo título do campeonato, tanto de pilotos como de equipes.
Houve, no entanto, pontos a comemorar, como a inesperada pole-position de George Russell na Hungria, além de uma sensível melhora de performance nas últimas três etapas. Mesmo assim, Wolff entende que a temporada 2022 já não é mais algo que lhe tire o sono. “Isso é passado. É hora de olharmos para o amanhã”, assegurou.
E nesse objetivo, as expectativas da Mercedes são altas para 2023. “Esperamos desafiar a Red Bull e a Ferrari”, declarou o chefe da esquadra prateada, que também fez uma ressalva: será preciso uma “avaliação profunda” do desempenho da equipe e do projeto para o próximo ano.
Enquanto tenta ainda encontrar uma chance de vitória para sair do zero em 2022, a Mercedes vê o GP de São Paulo deste domingo como um “grande teste para nós. Estamos muito limitados, mas todos os momentos, desde os treinos até a corrida, serão muito importantes para entender os problemas e como resolvê-los.”
No momento, a equipe prata tem 447 pontos no Mundial de Construtores e tenta ainda superar a Ferrari pelo vice-campeonato. Entre os Pilotos, Russell é o melhor e aparece na quarta posição da tabela, com 231 pontos, contra 216 do heptacampeão Lewis Hamilton, o quinto.
Em colaboração com a jornalista Amanda Lima.
O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL e cobre o GP de São Paulo de Fórmula 1 ‘in loco’ com Ana Paula Cerveira, André Netto, Evelyn Guimarães, Felipe Leite, Gabriel Curty, Luana Marino, Rodrigo Berton, Pedro Henrique Marum e Victor Martins. A corrida sprint está marcada para as 16h30 [de Brasília, GMT-3].
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.