Perto de acordo, Mercedes diz que conversas com Hamilton “são menos sobre dinheiro”

Embora tenha sinais claros de que Lewis Hamilton vai renovar o acordo com a Mercedes, o fato é que as negociações ainda não foram concretizadas. E Toto Wolff, o chefão da esquadra alemã, descartou que haja uma questão sobre dinheiro

Heptacampeão e homem com mais vitórias na história da Fórmula 1, Lewis Hamilton custa caro. E a Mercedes sabe disso. Mas as negociações com o inglês não giram necessariamente em torno do dinheiro. As conversas vão muito além disso. Quem confirma é Toto Wolff, o comandante da poderosa equipe alemã. O atual contrato do britânico vence neste fim de 2020 e ainda não foi renovado. Espera-se que um novo vínculo seja assinado antes do Natal, quando Lewis deve celebrar mais um ano com a esquadra pela qual conquistou nada menos que seis dos seus sete títulos na Fórmula 1.

Hamilton e a Mercedes formam talvez a combinação mais bem-sucedida em 70 anos de Fórmula 1. O dono do carro #44 se juntou ao time em 2013 e, de lá para cá, já conquistou 74 triunfos e 72 poles. Ainda, foram sete títulos entre os Construtores. Ninguém venceu mais na era híbrida da F1, por isso a ideia é seguir juntos, especialmente porque o Mundial não vai sofrer grandes mudanças em termos de regulamento em 2021, o que torna o atual conjunto ainda mais forte.

“Nós adoraríamos resolver isso antes do Natal”, afirmou Hamilton após o GP de Abu Dhabi, que encerrou a temporada. “Quero estar aqui no próximo ano e acho que, como equipe, ainda temos mais a fazer juntos, mais a conquistar dentro e fora do esporte. Espero que possamos começar a conversar nesta semana e fechar antes do Natal”, completou.

Hamilton e o chefe de equipe Toto Wolff (Foto: Beto Issa)

A percepção de Hamilton é corroborada por Wolff. Pouco antes do fim do campeonato, o dirigente austríaco falou a jornalistas em evento promovido pela parceira Petronas, incluindo o GRANDE PRÊMIO, sobre as negociações com o principal piloto da equipe. Para o chefão, há fatores que pesam mais na hora de redigir o contrato e que tudo precisa ser levado em consideração. E que os valores pedidos pelo britânico não são realmente a questão mais importante.

Então, o que falta para o acerto? “Temos de reconhecer que Lewis é o melhor piloto de sua geração e talvez o melhor de todos os tempos”, disse Toto. “E isso precisa de ser premiado, assim como todos nós queremos ser recompensados de maneira justa. E todas as conversas são feitas menos sobre dinheiro e mais sobre como podemos ser melhores, ter uma performance melhor”, completou o homem forte da Mercedes.

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Wolff revelou ainda que o desafio é equilibrar todos os compromissos de uma grande equipe e de um piloto como Hamilton. “Quanto mais tempo se está no esporte, mais difícil fica achar espaço para as coisas que são importantes para você. Passar mais tempo com sua família, viajar menos… De certa forma, é ter menos obrigações que um piloto jovem teria, como compromissos com a mídia e patrocinadores. Às vezes, a gente imagina que é só pilotar o carro, e é isso. O que não se sabe é que temos outros muitos compromissos, como essa entrevista aqui. Alguns eventos às sextas ou aos sábados à noite. Isso é parte do trabalho, nós somos pagos e não reclamamos.”

“Mas também há dias em que você está exausto dos treinos livres e tem ainda a classificação no dia seguinte, mas precisa aparecer em um evento às 22h, sem janta. E o mesmo acontece no sábado. Está cansado da sessão classificatória e ainda precisa se preparar para a corrida, então a gente conversa em como podemos reduzir esse estresse para ele, para que possa ter a melhor performance no carro”, acrescentou o austríaco.

O outro carro da Mercedes será guiado por Valtteri Bottas, cujo acordo já foi sacramentado há alguns meses.

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