Mercedes diz que detritos espalhados pela pista causaram estouro no pneu de Rosberg em Spa-Francorchamps

Paddy Lowe revelou que a equipe ficou apreensiva durante a corrida, com temor de que um novo furo de pneu arruinasse as provas de Nico Rosberg e Lewis Hamilton. O engenheiro britânico descartou a hipótese de ter havido algum toque do pneu de Nico, estourado na sexta-feira, com a carenagem do W06

O assustador estouro do pneu traseiro direito do Mercedes de Nico Rosberg no segundo treino livre do GP da Bélgica, na sexta-feira (21), colocou em alerta o departamento técnico da equipe. Ainda mais depois que a Pirelli, após análise, concluiu que fatores externos causaram a falha. Liderado pelo diretor-técnico Paddy Lowe, o time de Brackley realizou um estudo e, após investigação, entendeu que o problema foi causado por detritos na pista. E se mostrou preocupada para a corrida do último domingo, que acabou sendo vencida por Lewis Hamilton e Rosberg completando a dobradinha da Mercedes.

O temor foi tão grande que Toto Wolff, diretor-esportivo da Mercedes, chegou a dizer que a equipe cogitou até mesmo adotar uma estratégia de três paradas, na contramão do que fez a Ferrari, que arriscou tudo ao fazer uma corrida com apenas um pit-stop para Sebastian Vettel, que acabou perdendo o terceiro lugar para Romain Grosjean na última volta justamente em decorrência do pneu traseiro direito furado.

Lowe, em entrevista à publicação ‘Motorsport.com’, revelou também que procurou se cercar do máximo possível de margem de segurança para evitar novos problemas e assegurar uma boa jornada para Lewis Hamilton e Nico Rosberg.

Excesso de detritos na pista fez a Mercedes temer pelas corridas de Rosberg e Hamilton em Spa (Foto: AP)

“Nós já estávamos bem no limite da cambagem daquele pneu, mas nós realmente colocamos um pouco mais de margem lá, só para estar um pouco mais seguro como um todo. Aqui é um circuito complicado”, disse.

“Acho que, no momento em que chegamos para a corrida, pela manhã, fiquei muito confiante sobre ter sido um furo. Inicialmente, [o pneu] não perdeu ar — foi um furo complicado —, mas a causa principal foi um pedaço de detritos”, salientou.

“Portanto, a ameaça [para a corrida] foram os detritos, e isso ficou esclarecido com os pilotos pela manhã. Também falamos à FIA sobre fazer uma varredura extra das zebras onde poderiam haver algumas armadilhas de detritos e assim por diante. Era evidente que os detritos eram o risco”, acrescentou.

Por outro lado, o engenheiro britânico deixou claro que não houve nenhuma influência ou toque da carenagem no pneu estourado de Rosberg.

“Com o problema que tivemos na sexta-feira, está claro que analisamos de forma completa para checar o que poderia ter causado isso. Checamos a geometria. A carenagem em torno do pneu é a que estamos correndo desde a Espanha e, de fato, não houve nenhuma mudança lá. Diria que, com muita cautela, que fizemos checagens extras, pintamos as superfícies [da carenagem] para o terceiro treino e, definitivamente, não foi esse o problema”, garantiu.

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