Mercedes diz que falta de aderência provocou baixa performance de Bottas em Ímola

Diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin explicou que a baixa temperatura afetou a aderência, o que acabou por afastar o piloto finlandês do pelotão

F1 divulgou imagens da câmera 360ºC do carro de George Russell em forte acidente que envolveu Valtteri Bottas em Ímola (Vídeo: F1/Divulgação)

A Mercedes responsabilizou a falta de aderência pela performance de apagada de Valtteri Bottas no GP da Emília-Romanha. Apesar de a prova em Ímola ter acabado para o finlandês com um acidente com George Russell, a atuação já não era das melhores, pois o piloto não conseguia manter contato com o pelotão da frente.

Na abertura da temporada, no Bahrein, Bottas já tinha exibido uma distância considerável em relação aos demais, recebendo a bandeirada com 37s383 atrás de Lewis Hamilton, o vencedor. Na prova italiana, além de se tornar alvo da Williams, Valtteri chegou a tomar volta do companheiro de Mercedes.

Mercedes destacou que o carro de Bottas ficou bastante danificado com o acidente em Ímola (Foto: Reprodução/TV)

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Diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin apontou para a falta de aderência como principal causa da atuação apagada de Bottas.

“Em especial, Valtteri estava com dificuldade para se aproximar dos outros carros com os pneus intermediários”, disse Shovlin. “Ele estava em dificuldade com a temperatura e essa falta de temperatura, particularmente no início da corrida, só se manifestou como falta de aderência”, seguiu.

“No caso de Valtteri, quando ele se aproximava, tão perto quanto necessário para fazer uma ultrapassagem, a aderência dianteira diminuía e ele escorregava, não podia realmente seguir na distância necessária para ultrapassar”, explicou. “Outro fator foi que, naquele estágio intermediário, o DRS não estava habilitado e quando você entra no vácuo, quando pode acionar o DRS, pode ganhar certa de seis décimos de segundo só com o efeito combinado dessas duas coisas. Então isso era algo que não estava disponível para Valtteri naquele ponto e que, mais tarde, estava disponível para Lewis”, frisou.

“Mas o ponto chave foi mesmo o equilíbrio do carro, o carro saia de frente quando ele se aproximava e isso fez com que ele não pudesse reduzir a diferença para atacar”, sublinhou.

Por fim, Shovlin explicou que os danos no carro por conta do acidente com George Russell foi extensos, o que vai dificultar a preparação do W12 para o GP de Portugal, marcado para 2 de maio.

“Apesar de gostarmos muito do nosso carro, gostamos mais de Valtteri e, felizmente, ele foi capaz de sair sem nada além de um joelho machucado pelo impacto”, declarou. “Mas foi um grande acidente, vimos até 30G no percurso dele pelo muro e pela pista”, contou.

“Infelizmente, o carro não saiu tão bem. Está bastante danificado. Nós conseguimos trazer muitas coisas de volta para o Reino Unido, temos a unidade de potência em Brixworth, onde está sendo checado e inspecionado cuidadosamente, e vamos apenas selecionar as partes que podemos recuperar”, falou. “Lamentavelmente, muito dos danos não podem ser reparados e estamos apenas trabalhando no plano logístico para tentarmos ter partes o suficiente em Portimão, que é na próxima semana, para garantirmos que vamos rodas com os dois carros na mesma especificação”, completou.

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