Mercedes lembra 2016 e dá dica para Red Bull com Verstappen e Pérez: “Impor limites”
Toto Wolff, chefe da Mercedes, resolveu dar uma contribuição para o trabalho do desafeto Christian Horner e a situação dos pilotos da Red Bull em 2023
Não há quem possa combater a Red Bull na temporada 2023 da Fórmula 1. Com um carro tão acima das demais concorrentes, a única chance de uma briga por título que se oferece é entre os dois pilotos taurinos, Max Verstappen e Sergio Pérez, algo que, ao menos por enquanto, acontece. Verstappen venceu três vezes no ano contra duas de Pérez, e lidera o campeonato com margem de 13 pontos. E um duelo entre companheiros de equipe tem sempre chances de colocar a equipe em polvorosa, como aconteceu com a Mercedes entre 2014 e 2016. Com essa experiência na memória, Toto Wolff, o chefe da Mercedes, resolveu dar uma dica aos rivais e ao desafeto Christian Horner.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
Relacionadas
Em Miami, Wolff foi questionado sobre o que é importante numa situação assim, onde a equipe tem de lidar com seus dois pilotos em franca batalha pelo caneco. A pergunta, claro, vem lembrando dos anos em que Lewis Hamilton e Nico Rosberg se digladiaram nas pistas, com direito a dois títulos de Lewis e um de Nico, em 2016, ano mais tenso da parceria.
“O que posso dizer, pelo meu passado, é que é um trabalho súper complicado para Christian [Horner, chefe da Red Bull] e a equipe, porque os dois pilotos obviamente vão sempre tentar sentir sempre que são tratados justamente e igualitariamente, enquanto, ao mesmo tempo, tentam obter alguma vantagem”, afirmou.

SAIBA MAIS
+ ESPECIAL | Do kart à Ferrari: Rafa Câmara e o sonho de representar o Brasil na F1
“Creio, pelo menos tirando por nosso time, que é importante manter muita transparência e clareza, discutir as coisas antes de, de fato, ir para as corridas aos domingos. Impor limites. No fim das contas, os dois pilotos, até mesmo com Nico e Lewis, respeitam as opiniões da equipe, enquanto nós temos de reconhecer que há uma batalha entre eles”, comentou.
Com a chance de lembrar o incendiário ano de 2016, quando as desavenças entre Rosberg e Hamilton quase colocaram fogo na equipe dentro e fora das pistas, Wolff admitiu que mudaria algumas decisões na Mercedes, mas a situação sempre teria encontrado uma barreira importante: o espírito dos pilotos.
“Voltando no tempo, há coisas que eu provavelmente teria feito diferente em 2016, em especial. Mas a questão é acertar o equilíbrio entre aceitar que estes dois caras estão disputando um campeonato e estão juntos na mesma garagem, ao passo que, ao mesmo tempo, são parte de uma estrutura maior. Não é fácil, porque pilotos são animais competitivos”, finalizou.
É bom lembrar que Horner também não é nenhum novato em lidar com companheiros de equipe numa disputa pelo título: entre 2010 e 2013, não foram poucos os momentos em que os nervos na equipe chegaram à flor da pele por conta dos embates entre Sebastian Vettel e Mark Webber.
A Fórmula 1 retorna no fim de semana dos dias 19-21 de maio, em Ímola, com o GP da Emília-Romanha.

