Mercedes mantém fé em atualização, mas quer entender “transformação de carro no sábado”
Chefe da Mercedes, Toto Wolff explicou que a meta é ter o assoalho atualizado em São Paulo, mas assumiu que precisa entender o que acontece para o W15 perder tanto rendimento entre sexta-feira e sábado nos fins de semana
A Mercedes deixou os Estados Unidos ainda mais perdida no entendimento do W15, já que o carro se mostrou bastante competitivo com as especificações antigas. Ainda assim, o chefe das Flechas de Prata, Toto Wolff, descartou abandonar o novo assoalho, garantindo que a meta é ter novamente a peça nos carros de Lewis Hamilton e George Russell no fim de semana do GP de São Paulo, no início de novembro.
O time alemão apostou em mudanças permanentes para a reta final da temporada 2024 da Fórmula 1 e levou para Austin um assoalho novo, além de asa e suspensão dianteiras. Só que a batida de Russell na classificação forçou a introdução das especificações usadas em Singapura, já que não havia peças sobressalentes com o mesmo acerto.
Russell teve de largar do pit-lane e conseguiu pontuar graças ao stint inicial longo com os pneus duros. Mesmo assim, antes do incidente, a Mercedes já havia ligado o sinal de alerta por conta da acentuada queda de rendimento entre o treino livre de sexta-feira e a sprint de sábado.
“Não acho que temos um problema fundamental nas atualizações. Minha opinião é que há mais interação com a aerodinâmica e com a mecânica”, começou Wolff aos jornalistas presentes em Austin. “Portanto, vamos continuar com a atualização. Não faz sentido não ser assim, porque há muito tempo de volta para buscar”, salientou.

“No entanto, por outro lado, é preciso ter a mente muito aberta. George usou a atualização de julho [na corrida] porque não tínhamos o [novo] assoalho, e ele pareceu bastante competitivo. Certamente, não teremos o assoalho [no México], que vai voltar para o Reino Unido e ser consertado para o Brasil. Portanto, vamos usar a especificação sobressalente”, continuou.
O austríaco ainda disse não ter certeza se Hamilton vai querer todas as novidades no carro. Depois de cair no Q1 da classificação, o heptacampeão chegou a considerar mudanças e largar do pit-lane.
“Normalmente Lewis teria todas as peças, mas não tenho 100% de certeza de que ele esteja interessado nisso. Vamos descobrir como queremos enfrentar esse fim de semana”, acrescentou o chefe da Mercedes. “Precisamos entender por que temos um carro que na sexta-feira era de longe o mais rápido, antes do incidente [de Franco Colapinto, que gerou a bandeira amarela]. Lewis estava 0s4 à frente e teria sido o mais rápido”, frisou.
“Aí, no sábado, ele se transforma. Na corrida sprint, tivemos uma suspensão quebrada. Essa é uma explicação. Consertamos para a classificação, mas nada mais funcionava e tivemos dificuldades para manter o ritmo. Depois, na corrida, houve o incidente [com Hamilton] naquela curva que surgiu do nada. Ele não estava pressionando nem um pouco. E, do meu ponto de vista, a culpa não é 100% dele”, encerrou Wolff.
A Fórmula 1 volta de 25 a 27 de outubro com o GP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez.
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