Mercedes já prevê “cinco ou seis equipes” na briga por vitórias com teto de gastos na F1

Com um teto orçamentário reduzido em 2022, Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, acredita que a medida é "boa para o esporte" e crê num maior equilíbrio entre as equipes

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A temporada da Fórmula 1 em 2022 ainda é uma incógnita. Isso porque, com um novo regulamento técnico que promete facilitar ultrapassagens, pode-se esperar que as equipes estejam mais próximas. Só que para Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, há um outro fator para que isso aconteça: a redução do teto orçamentário.

Em 2021, o limite de custo das equipes era de US$ 145 milhões — R$ 786 milhões, de acordo com a cotação atual. Agora, para 2022, o novo teto orçamentário é de US$ 140 milhões — R$ 759 milhões. Por isso, o dirigente austríaco vê um equilíbrio maior entre as equipes, sobretudo entre 2023 e 2024, em que o limite será ainda menor, de US$ 135 milhões — R$ 732 milhões.

“Acredito que o teto orçamentário trará muito equilíbrio”, disse Wolff, em entrevista ao site alemão Auto Motor und Sport. “Se alguém encontrar uma brecha [para o desenvolvimento do novo carro], todo mundo vai copiá-la. Os carros serão todos muito parecidos. Ainda pode haver diferenças no primeiro ano. Depois disso, vai se equilibrar. Não haverá mais uma equipe que esteja um segundo à frente”, acrescentou.

Em relação ao teto, também há de se ressaltar que ele não atinge certos gastos, como salários de pilotos e marketing. O corte foi realizado para ajudar as equipes no período de dificuldade financeira por conta do atraso do início do campeonato causado pela pandemia do novo coronavírus.

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Mercedes acredita que o teto orçamentário reduzido de 2022 trará mais equilíbrio entre as equipes (Foto: Mercedes)

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Por isso, Wolff acredita que a mudança será positiva para a Fórmula 1, embora equipes com um orçamento maior possam não gostar tanto da diminuição. “É claro que as equipes que tinham mais recursos não ficaram particularmente felizes com o fato de que uma vantagem nos foi tirada”, explicou Wolff.

“Mas a coisa toda se transformou em uma corrida armamentista entre Red Bull, Ferrari e nós. Agora tudo será mais equilibrado. Acho que, no futuro, cinco ou seis equipes estarão na disputa por vitórias. Isso é bom para o esporte. Além disso, o mesmo time nem sempre vence o Superbowl”, concluiu.

Além disso, num calendário de 23 corridas, as equipes poderão ter uma pequena ‘folga’ — caso nenhuma corrida, por conta da pandemia, seja cancelada, claro. Isso porque, a partir da 21ª prova do campeonato, a F1 permitirá que um valor extra de US$ 1,2 milhão (ou seja, R$ 7 milhões) seja utilizado. Assim, as equipes poderão gastar um valor extra de US$ 2,4 milhões (R$ 13 milhões) nas duas últimas etapas da temporada.

Outro ponto a ser destacado é em relação às corridas de classificação. No ano passado, as equipes receberam um subsídio de US$ 450 mil (equivalente a mais de R$ 2 milhões) para participar das três provas sprint do ano, além de US$ 100 mil (ou seja, R$ 558 mil) para possíveis acidentes ou danos. Agora, em 2022, seis GPs irão receber o novo formato: Bahrein, Emília-Romanha, Canadá, Áustria, Holanda e São Paulo.

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