Mercedes registra prejuízo de quase R$ 500 milhões em 2014 para conquistar primeiro título em 50 anos na F1

Em busca do primeiro título em 50 anos, a Mercedes investiu pesado em 2014, aumentando seu quadro de funcionários, além dos gastos com o desenvolvimento do motor V6 turbo. Assim, a equipe alemã registrou um prejuízo de quase R$ 500 milhões no ano passado

Conquistar o título de 2014 da F1 teve um custo alto para a Mercedes. O balanço anual indica que a companhia registrou um prejuízo de £ 76,9 milhões (cerca de R$ 472,6 milhões) no ano passado.
 
Os números da Mercedes apontam, também, um aumento substancial de receita, mas  os gastos também foram mais elevados “por conta dos bônus significativamente maiores pagos em consequência do nível recorde de performance esportiva e aumento dos custos com a mudança de regulamento”.
Mercedes investiu pesado para garantir o título do ano passado (Foto: AP)
De acordo com o relatório divulgado pela marca alemã, a Mercedes-Benz Grand Prix Ltd teve um aumento de seu volume de negócios — que envolve patrocínio e prêmios em dinheiro —, que passou de £ 125,2 milhões (aproximadamente R$ 768,4 milhões) em 2013 para £ 146,9 milhões (em torno de R$ 901,6 milhões) em 2014, “por conta do aumento da receita de patrocínio e do repasse da detentora dos direitos comerciais por conta da melhora da performance na pista em 2013”.
 
Mas se os lucros aumentaram, o investimento com o primeiro título em 50 anos — a Mercedes tinha sido campeã em 1954 e 1955 — foi ainda maior. Em 2013, a montadora alemã injetou £ 190,7 milhões (cerca de R$ 1,16 bilhão) na F1, mas no ano passado esse montante saltou para £ 240,2 milhões (aproximadamente R$ 1,47 bilhão). 
 
Apesar do prejuízo, a Mercedes entende que a perda “ficou dentro dos parâmetros definidos pelos acionistas”, saltando de £ 51 milhões (correspondente a R$ 312,2 milhões) para £ 76,9 milhões (por volta de R$ 470,8 milhões).
 
O balanço anual da Mercedes também mostrou um aumento significativo do quadro de funcionários do time. Em 2013, os alemães empregavam 663 pessoas, número que aumentou para 765 ano passado. Assim, a folha de pagamento saltou de £ 49,7 milhões (cerca de R$ 304,3 milhões) para £ 65,2 milhões (aproximadamente R$ 399,2 milhões).
 
Na contramão do aumento maciço do investimento, a Mercedes afirma em seu balanço anual que “a companhia segue comprometida a reduzir os custos da F1 e vai continuar a trabalhar com outros competidores e acionistas para atingir esses objetivos de uma maneira justa e transparente”.  
Por fim, a avaliação da Mercedes é de que o custo por ponto ganho melhorou no ano passado. Em 2012, a equipe gastou £ 1 milhão (cerca de R$ 6,1 milhões) com cada um de seus 142 pontos. No ano seguinte, foram £ 530 mil (por volta de R$ 3,2 milhões) para cada um dos 360 pontos e, em 2014, £ 355 mil (em torno de (R$ 2,1 milhões), também por conta da pontuação dobrada de Abu Dhabi, que fez a equipe atingir 701 pontos.
 
O time de Lewis Hamilton e Nico Rosberg acredita que a Red Bull gastou uma média de £ 397 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) por ponto ganho nos anos em que conquistou o título.
Além disso, é importante destacar que apesar da alta soma relatada como prejuízo, o desempenho da Mercedes em 2014 resultou em um ganho de £ 2 bilhões (cerca de R$ 12,2 bilhões) em termos de exposição da marca.
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