Mercedes vê única saída para voltar ao topo da F1: “Aceitar que não somos competitivos”

Mike Elliott, diretor-técnico da Mercedes, reconheceu que o Bahrein trouxe um grande baque sobre a real performance do W14, e o time precisa trabalhar duro para voltar o mais rápido possível à frente do grid

A Mercedes continua na sua luta para diminuir a diferença que tem atualmente para Red Bull, Ferrari e agora Aston Martin na Formula 1 2023, mas ao menos um passo importante foi dado: reconhecer que, de fato, a competitividade não é mais a mesma. Ao menos essas foram as palavras o diretor-técnico, Mike Elliott, admitindo que foi “decepcionante” ver o quão atrás a equipe ficou no Bahrein.

Na ocasião da corrida realizada em Sakhir, Lewis Hamilton e George Russell cruzaram a linha de chegada em quinto e sétimo, respectivamente, porém a mais de 50s do vencedor, Max Verstappen. Em Jedá, mais uma vez a Mercedes não foi páreo para as principais adversárias e ficou em quarto e quinto com seus pilotos.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

A Mercedes foi mais do mesmo em Jedá: perdeu para Red Bull e Aston Martin (Foto: AFP)

Elliott explicou no vídeo institucional da Mercedes, divulgado no canal oficial no YouTube, que o Bahrein trouxe o grande baque. “Acho que, depois do Bahrein, tivemos de aceitar que não estávamos onde queríamos, que tínhamos de olhar para todas as coisas que compõem o nosso carro e estudar o que poderíamos fazer de diferente, como poderíamos conseguir mais performance, pois há uma distância significativa até a ponta do grid”, começou o diretor.

“Portanto, os engenheiros estão ocupados analisando a aerodinâmica, estão olhando para o design do carro, coisas como a geometria dos sidepods, a geometria do assoalho, perdemos algum truque? Mas também estamos procurando nas simulações se estamos colocando mirando nas coisas certas, estamos impulsionando a aerodinâmica na direção certa?”, continuou, reiterando que há um trabalho intenso sobre todas as partes do carro em busca de entender onde ganhar performance. “E estamos tentando fazer isso o mais rápido possível, porque queremos voltar a estar na frente”, salientou.

“Queremos competir na frente, e o único jeito de fazer isso é aceitando que não estamos na posição que queríamos estar e trabalhar muito duro para voltar para lá. Obviamente, Bahrein foi realmente a verificação da realidade, e nos encontrarmos na posição em que estamos, não sendo competitivos, foi uma decepção real. Uma decepção para toda a equipe”, admitiu.

Espera-se que a Mercedes traga para a Emília-Romanha, sexta etapa da temporada, um conceito totalmente reformulado do W14, e Elliott ressaltou que o principal objetivo da equipe é “continuar aprendendo”, lembrando que foram apenas duas corridas disputadas até então. “É realmente difícil construir tendências a partir disso.”

A próxima etapa será na Austrália, no circuito de rua de Albert Park, e a expectativa da Mercedes é encontrar características mais semelhantes a Jedá. “Em termos de características reais do circuito, Austrália é provavelmente mais exigente de frente, mais parecido com Jedá do que com o Bahrein, então esperamos dar outro pequeno passo à frente, estarmos mais competitivos, encontrar o aprendizado que ns ajudará a avançar a longo prazo”, finalizou Mike.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.