‘Més que una carrera’: Barcelona é palco de guerra estratégica entre Hamilton e Rosberg e realça equilíbrio da dupla
Lewis Hamilton e Nico Rosberg estão guiando o fino na F1 2014. Nem mesmo seus estilos e suas estratégias completamente diferentes conseguem deixá-los longe um do outro na pista: diferença na linha de chegada do GP da Espanha foi de somente 0s635 após 66 voltas
UM PARTIU PARA UMA TÁTICA de usar pneus médios, médios e duros ao longo do GP da Espanha. O outro preferiu usar médios, duros e médios no final.
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Um é conhecido por ser mais agressivo e arrojado. O outro, por ser o cerebral, aquele que pensa todo o cuidado nos movimentos que faz.
O resultado é que os dois estão guiando o fino. Lewis Hamilton e Nico Rosberg cruzaram a linha de chegada separados por somente 0s636 após percorrerem os 307,104 km da corrida disputada neste domingo (11) no Circuito da Catalunha. E após cinco provas, embora o britânico tenha vencido quatro delas, ele tem somente três pontos de vantagem para o companheiro de Mercedes.
Hamilton e Rosberg são os dois pilotos que vão brigar pelo título de 2014. É muito improvável – quase impossível – que alguém consiga desafiá-los até o fim do ano, e os dois vão prometendo brigar de forma bastante equilibrada e competitiva pelo título.
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Mesmo com dois estilos completamente diferentes, bem como as estratégias adotadas por cada um em Barcelona, Hamilton e Rosberg terminaram com o mesmo tempo de volta. O alemão acredita que precisava de mais uma volta para ganhar a liderança e vencer pela segunda vez no ano.
Não está satisfeito, é claro, por chegar novamente atrás de Hamilton em um fim de semana que considerava crucial, mas é inteligente o suficiente para saber que ambos estão fazendo um trabalho que merece o reconhecimento da vitória, e cumprimentou o colega pelo triunfo.
Interessante o que o vencedor dos últimos quatro domingos de F1 falou depois de vencer pela primeira vez em solo espanhol: ele e Nico encontraram um meio-termo que permite a ambos apresentar uma boa performance.
Em seu primeiro ano na Mercedes, Hamilton não estava muito satisfeito com o fato de pilotar o “carro do Schumacher” – não se sentia confortável dentro dele. O cenário é diferente em 2014.
“Michael tinha um estilo diferente do meu. Ele pedia coisas diferentes, uma posição de banco diferente, um acerto diferente. Nico e Michael meio que iam em uma direção com o equilíbrio, e a minha é ligeiramente diferente. Acho que criamos um híbrido: Nico veio até a metade do caminho, eu fui até a metade do caminho e, agora, nós pedimos as mesmas coisas no carro”, disse o piloto.
A capacidade de adaptação de Hamilton neste fim de semana também foi reforçada pelas dificuldades que ele chegou a relatar para a equipe pelo rádio. No Q1 da classificação, falou que o carro havia piorado em relação aos treinos – terminou fazendo a pole. No final da corrida, sofria com saídas de frente – ainda assim foi capaz de encaixar duas ou três voltas melhores que as de Rosberg para garantir que se manteria à frente.
Depois da corrida, um tranquilo e relaxado Toto Wolff comentou sobre o tema no motorhome da Mercedes. “Nós preparamos o carro de um jeito diferente do que ele gostaria, ele estava mais contente na sexta-feira. O carro não estava com o desempenho que ele queria e ele levou até o final”, avaliou.
O dirigente está mais do que contente com o que está vendo dos seus dois pilotos – embora admita que uma hora os dois vão acabar se tocando por estarem tão próximos assim na pista.
Simultaneamente, Wolff tem a certeza de que liberá-los para disputar abertamente é um dever que a Mercedes de cumprir para com o esporte.
Embora alguns relutem em aceitar – Vettel não jogou a toalha –, o paddock vai sendo desmontado no Circuito da Catalunha enquanto paira no ar a sensação de que ninguém vai conseguir alcançar a Mercedes.
Essa era a melhor ocasião para que a Red Bull pudesse se aproximar. “É uma pista da Red Bull, uma pista de muito downforce”, ressaltou Wolff.
Até então, a menor diferença entre o F1 W05 Hybrid e outro carro em uma corrida havia sido no GP da China – 23s para Fernando Alonso. Hoje, Daniel Ricciardo chegou 49s atrás de Hamilton.
Pela primeira vez desde 1996, a disputa vai ficar restrita – e parelha – entre dois pilotos da mesma equipe.
O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP da Espanha, quinta etapa do Mundial de F1, com o repórter Renan do Couto e o fotógrafo Xavi Bonilla. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.
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