Mesmo com resultado melhor, clima bélico entre Vettel e Ferrari segue sem fim

Já são dois GPs seguidos com Ferrari e Sebastian Vettel se desentendendo sobre estratégias. Em que pese o relativo sucesso do alemão no GP da Espanha, o clima segue pesado e sem sinais de que vai melhorar. Quer dizer, talvez até piore

De todas as seis primeiras corridas de Sebastian Vettel em 2020, nenhuma foi verdadeiramente boa. Rodeado de frustrações, o alemão conseguiu no máximo ter dias menos piores até aqui. O do GP da Espanha foi um desses: expondo as mazelas da Ferrari na estratégia, o piloto ainda salvou um bom sétimo lugar. E, ainda assim, aparenta estar em pé de guerra com Maranello inteira. Já parece bem óbvio: não há luz no fim do túnel para um divórcio cada vez mais doloroso entre piloto e equipe.

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Os acontecimentos de Barcelona foram essencialmente uma continuação dos de Silverstone. No GP dos 70 Anos, a crítica de Vettel à estratégia ferrarista foi retrucada com a convicção de que o #5 não pontuaria de um jeito ou de outro. No GP da Espanha, a Ferrari voltou atrás e pediu que Seb tentasse a estratégia de uma parada após forçar o carro por três giros de forma desnecessária. Ou seja, duas corridas seguidas em que a equipe na mureta dos boxes não pareceu falar a mesma língua do piloto.

A diferença é que, ao menos dessa vez, Vettel pareceu levar a melhor. Enquanto no GP dos 70 Anos o alemão cometeu o erro grave de rodar na largada e colocar tudo a perder, dando munição aos críticos e à própria Ferrari, no GP da Espanha o trabalho foi muito bem feito. Além disso, a cena patética de Sebastian lembrando o engenheiro de calcular quais tempos de volta seriam necessários para poupar pneus e ao mesmo tempo se defender em Barcelona ajudou a mostrar como a escuderia também erra. A cereja no bolo foi o ótimo trabalho com pneus no fim, garantindo um antes impensável sétimo lugar.

Vettel conseguiu um resultado até bom, mas segue em pé de guerra com a Ferrari (Foto: Ferrari)

Situação parecida já foi vista no GP da Hungria, quando a Ferrari também chegou perto de cometer erro estratégico. A equipe queria colocar pneus macios no carro #5 após as primeiras voltas chuvosas, com o alemão tendo que avisar que seria melhor usar médios naquele momento. Acertou em cheio: Seb terminaria em sexto, enquanto Leclerc cruzaria a linha de chegada em 11°, sofrendo com o composto de banda vermelha.

É claro que se irritar e trocar mensagens ríspidas pelo rádio não é bom para ninguém e que seria muito mais fácil para Vettel e Ferrari voltar a ter sintonia. Só que, do jeito que a carruagem anda, essa possibilidade já parece descartada. Tendo isso em mente, o alemão parece conseguir uma alternativa suficientemente boa: expor os motivos para a Ferrari ser uma bagunça sem título há mais de uma década.

Parece uma pequenez se importar com isso, mas é bom se acostumar. Os últimos meses de 2020 reservam uma briga entre Ferrari e Vettel sobre qual versão da história do divórcio está mais correta. Se é a da escuderia que cansou de uma estrela longe do auge ou a de um piloto que teve sonhos frustrados em Maranello. Isso tudo enquanto a esquadra encara luta apertada no Mundial de Construtores e o tetracampeão precisa decidir se quer mesmo seguir no grid em 2021 pela Aston Martin. Não é o momento ideal para lavar roupa suja em público.

A F1 tem agora uma rara semana de folga antes de voltar à ativa com o GP da Bélgica em Spa-Francorchamps. É uma pausa necessária para Vettel refrescar a cabeça, assim como a própria Ferrari. Talvez ajude e impulsione as duas partes na busca por resultados melhores. Só que é necessário ser franco: já não há muito espaço para cordialidade e cooperação quando o assunto é o carro #5.

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