Mesmo com “resultados difíceis de aceitar”, Alonso vê McLaren como lugar certo para voltar a ser campeão na F1

Na fase final da carreira, Fernando Alonso tem duas opções: ou trabalha em conjunto com a McLaren Honda para levar de volta a parceria vitoriosa ao topo do pódio da F1, ou então encerra uma carreira que poderia ter sido melhor do que realmente foi. Mas o asturiano acredita que, ao menos para o ano que vem, a equipe terá um desempenho melhor que em 2015

Aos 34 anos, Fernando Alonso caminha para o fim da carreira. Nesta fase final da sua trajetória na F1, o bicampeão do mundo assumiu o desafio de liderar, em pista, o novo casamento entre McLaren e Honda, que tantos títulos e vitórias rendeu entre o fim dos anos 80 e começo da década de 1990. O recomeço de Fernando na McLaren tem sido dos mais difíceis, tendo como melhor resultado um quinto lugar no GP da Hungria. Pouco, muito pouco para quem tem um histórico de 32 vitórias, 22 poles e os títulos de 2005 e 2006, conquistados pela Renault.

Mas Alonso entende que o pior ficará para trás ao fim desta temporada. Até porque, imagina o espanhol, o futuro não há como ser pior do que a dura realidade enfrentada por ele e Jenson Button. Fernando confia no trabalho da McLaren em conjunto com a Honda para melhorar a performance e, sobretudo, a confiabilidade do novo carro que está por vir no ano que vem. Na visão do piloto, a equipe de Woking é o lugar certo para voltar a triunfar na F1.

Mesmo com os resultados ruins, Alonso segue acreditando que a McLaren está no rumo certo (Foto: AP)

Para 2016, a Honda terá à disposição 25 fichas de desenvolvimento para evoluir sua unidade de força. Seguramente, um número que faz Alonso sonhar com dias muito mais positivos a partir da próxima temporada. “Obviamente, pergunto e busco estar informado de todos os passos que eles estão dando para melhorar a situação. Sabemos claramente quais são as áreas para melhorar para o ano que vem e o que é preciso evoluir para sermos competitivos”, disse o piloto nesta quinta-feira (17), durante entrevista coletiva em Cingapura.

“A cada fim de semana ficamos atualizados da situação e tudo parece caminhar de forma lógica e boa, seguindo no rumo certo. As coisas mudarão muito no ano que vem. Digamos que não é difícil, já que estamos num momento ruim, mas gosto do que vejo, de modo que é algo positivo”, elogiou Fernando.

Mesmo tendo de remar no fundão do grid em 2015, Alonso entende que o campeonato deste ano não significa tempo perdido. Na verdade, o asturiano encara cada oportunidade como uma nova chance para aprender.

“Mesmo na Ferrari, se não tivéssemos um carro competitivo, o fato é que esses cinco anos foram muito bons para minha experiência e trajetória. Desfrutei do tempo em que estive lá e tenho grandes lembranças. Neste ano, os resultados são difíceis de aceitar, mas sigo aprendendo, e trabalhar num novo projeto, quase começando do zero, e crescendo juntos, é muito empolgante do ponto de vista do piloto. Mas queremos vencer e sermos competitivos”, disse.

“Sei que não sou jovem, mas sigo tendo três anos de contrato com a McLaren e, depois disso, veremos se estaremos em posição de brigar pelo título ou, se as coisas não correrem bem, talvez pense de forma diferente”, acrescentou, certo de que está no melhor lugar para um dia voltar a ter condições de brigar pelo sonhado tricampeonato mundial de F1.

“Obviamente, a situação em termos de performance neste ano tem sido um pouco pior em relação ao que se esperava no ano passado sobre esta época do ano, mas para bater a Mercedes é preciso fazer algo diferente. Ou se está num Mercedes ou se está frustrado. Não importa o que os outros digam. Quem está no pódio, ou os carros da Williams que têm pódios aqui e ali, não podem estar contentes. São quartos, terceiros, segundos, quintos. Nós estamos em 16º, mas queremos ser os primeiros, e para ser o primeiro continuo acreditando que estou no lugar certo para o futuro”, concluiu.

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