Montadoras se dividem sobre mudança para motores elétricos na F1 em 2024

Cyril Abiteboul, da Renault, defende a entrada dos motores elétricos por entender que o mundo muda rapidamente e a Fórmula 1 corre o risco de ficar para trás. Toto Wolff, da Mercedes, crê que o essencial é investir nas unidades de potência atuais

Apesar da longa discussão sobre a mudança de regulamento da Fórmula 1 em 2021, alguns chefes de equipe já projetam as discussões de mudança de motor para 2024. Os motores híbridos podem dar lugar aos elétricos, o que também divide as opiniões das montadoras presentes no grid.
 
Cyril Abiteboul, chefe de equipe da Renault, comentou que uma mudança para os elétricos é inevitável pela velocidade que o mundo está mudando, especialmente por conta da sustentabilidade.
 
"Se olharmos o jeito que o mundo está mudando, na minha opinião, existem chances da F1 ficar para trás. Olhe para as Greta Thunbergs do mundo, olhe para os elétricos. Coisas que as pessoas falam hoje que não seriam consideradas meses atrás, como a Ferrari falando sobre um carro inteiramente elétrico", comentou ao site ‘Motorsport.com’.
Lewis Hamilton (Foto: Mercedes)
Abiteboul também acredita que uma mudança para motores elétricos pode ajudar em relação aos gastos exorbitantes da Fórmula 1. Na opinião dele, a categoria corre o risco de ficar para trás.
 
"O mundo está mudando em uma direção muito rápida, e precisamos nos preocupar se não vamos ficar para trás. Basicamente, o que isso significa é que estou tentando de tudo e reunindo todos para considerar um novo motor, o que ele deveria ser, parecer, custar, e parar de gastar esse absurdo de dinheiro, porque estamos gastando muito, nos quatro [as montadoras], e precisamos gastar no que vai ser relevante para o futuro", concluiu.
 
A opinião não é a mesma de Toto Wolff, chefe da Mercedes. Ele crê que os motores atuais são eficientes. Mesmo acreditando em uma mudança no futuro, o pensamento é de que a FIA precisa trabalhar melhor no desenvolvimento das unidades de potência.
 
"De uma perspectiva de custo, estamos com a FIA e o Liberty para manter o formato atual. É um motor eficiente e não somos bons o bastante para transportar para o mundo, mas é isso. O mundo está mudando e temos várias pessoas protestando pelas mudanças climáticas. Para nós, na Daimler, sustentabilidade virou mais que uma ferramenta de marketing, ela acontece. Temos que nos perguntar qual a visão do futuro para a Fórmula 1?", declarou.
 
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