Como foi a sexta-feira do GP de San Marino de 1994
7 destaques do GP da Espanha de MotoGP
7 destaques da corrida sprint da MotoGP na Espanha
5 destaques dos treinos da MotoGP na Espanha
Fórmula 1

Na briga para voltar à F1, Michelin defende mudança nos pneus e tenta passar borracha no ‘GP dos seis carros’

Diretor de competições da Michelin, Pascal Couasnon defendeu mudanças nos pneus que são utilizados na F1. Com a fábrica francesa concorrendo com a Pirelli para se tornar fornecedora única do Mundial a partir de 2017, dirigente disse ao GRANDE PRÊMIO que as falhas do GP dos Estados Unidos de 2005 não vão pesar na decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo)

 
Longe do grid da F1 desde o fim da temporada 2006, a Michelin disputa com a Pirelli o direito de fornecer os pneus do Mundial entre 2017 e 2019. A marca francesa, entretanto, não quer seguir o regulamento atual e pede mudanças que aproximem os compostos do Mundial daqueles usados em carros esportivos e em outras categorias do esporte a motor.
 
Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, Pascal Couasnon, diretor de competições da Michelin, sublinhou que não vê erro no que é feito pela Pirelli atualmente — que, a pedido da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), produz compostos que se desgastam com mais rapidez —, mas que a fábrica francesa tem uma filosofia diferente.
Pascal Couasnon não acredita que GP dos EUA de 2005 afete escolha da FIA (Foto: Michelin)
“Nós temos sido muito claros, já há algum tempo… Nós não estamos dizendo que a Pirelli está fazendo a coisa errada, o que nós estamos dizendo é que a filosofia da Michelin é diferente”, disse Couasnon. “Duas coisas: uma é que nós acreditamos que uma fábrica de pneus precisa mostrar o aspecto positivo e técnico do pneu, e, por isso, um pneu que se desgasta após apenas algumas voltas, nós acreditamos que não nos dê a possibilidade de desenvolver um produto forte. Este é um ponto”, seguiu. 
 
 “O segundo é que, hoje, os pneus usados na F1, com 13 polegadas, mas especialmente, com uma parede lateral muito grande, não é realmente representativo, certamente não é representativo do que é usado nos carros normais, nem mesmo nos carros de alta performance, então o que você aprende na pista, não pode realmente ser usado nas ruas”, justificou. “Esta é a razão de estarmos propondo mudar o tamanho para uma roda de 18 polegadas, para que possamos ter um pneu que é muito mais próximo, em termos de física, do que temos na rua. Portanto, o que você aprende na pista, poderá ser usado para carros de alta performance”, completou.
 
Questionado pelo GP se vê certa resistência da FIA ao nome da Michelin por conta dos problemas que marcaram o GP dos Estados Unidos de 2005, quando sete das equipes parceiras não puderam largar por conta da falta de segurança dos pneus franceses para contornar a curva 1 no sentido oposto, Couasnon foi taxativo: “Não”.
Só seis carros largaram em Indianápolis há dez anos (Foto: Getty Images)
“Isso faz muito tempo e, nesses dez anos, nós aprendemos bastante desde aquela época”, ressaltou. “Acho que nós provamos, estamos provando a cada fim de semana, em modalidades muito difíceis do esporte a motor, como na LMP1 com Porsche e Audi, e até mesmo na FIA GT, com a Ferrari, Corvette, todas essas grandes marcas que confiam na Michelin… Quando elas têm uma escolha, elas escolhem a Michelin”, ponderou. 
 
“Tenho certeza, sei que a FIA e a até mesmo a F1 reconhecem que somos uma marca muito forte. Muitos pilotos confiam na Michelin, então não acho que isso seja um problema. Tenho certeza de que isso não é um problema”, reforçou.
 
Rival da Pirelli na disputa pelo fornecimento de motores da F1, Couasnon não quis comentar os problemas que marcaram o GP da Bélgica deste ano, quando Nico Rosberg e Sebastian Vettel sofreram com estouros de pneus, mas frisou o nível de exigência da pista de Spa-Francorchamps. 
 
“Eu não sei como os pneus são feitos, nós não estávamos lá”, disse Pascal. “Sabemos que Spa é uma pista difícil, mas, não, não tenho nenhum comentário para fazer a esse respeito”, seguiu.
 
Indagado se é possível garantir que um pneu não exploda, Couasnon destacou que esta é uma questão prioritária para todas as fábricas, mas reconheceu que risco zero não existe.
 
“Risco zero não existe. Essa, com certeza, é uma prioridade muito alta de qualquer fábrica de pneus em geral, e, na Michelin em especial, a primeira prioridade é a segurança dos pilotos, então nós colocamos no processo de desenvolvimento algumas regras muito firmes para garantir que não tenhamos nenhum problema”, explicou. “Nós estávamos falando de 200t5, mas, desde então, nós não tivemos nenhum problema. Não estou dizendo que nunca vai acontecer, mas nós temos sido muito seguros e isso é parte do trabalho que precisamos fazer”, concluiu. 
VIU ESSA? CARRO DECOLA APÓS ACIDENTE EM SILVERSTONE

determinarTipoPlayer(“15599235”, “2”, “0”);