Na Garagem: Briatore ‘fura’ Minardi e anuncia estreia de Alonso no Mundial de F1

No jornalismo, o ‘furo’ é a notícia dada em primeira mão. Foi mais ou menos o que fez Flavio Briatore com relação à estreia de Fernando Alonso no Mundial de F1.

 

É possível colocar como marco inicial da carreira do espanhol, por que não?, o dia 5 de fevereiro de 2001. Há exatos 15 anos, seu empresário — e chefe da então chamada Benetton — revelou ao mundo que Fernando seria titular na Minardi na temporada que estava para começar.

 

Em dezembro do ano anterior, Alonso, com 19 anos, fizera testes com o carro da Benetton para alcançar a quilometragem necessária para a obtenção da superlicença.

 

Há 15 anos, a frase de Briatore foi curta e direta: “Alonso tem um contrato. Se a Minardi correr nesta temporada, ele vai andar com eles”.

A incerteza se dava pela mudança de dono: o empresário australiano Paul Stoddart havia adquirido a mais famosa nanica do Mundial de F1. Àquela altura, todavia, o chassi inclusive já fora aprovado no crash-test da FIA.

 

A confirmação oficial de que Alonso vestiria o macacão da equipe só saiu dois dias depois, em nota na qual Stoddart destacava a vitória de Alonso em Spa-Francorchamps na F3000.

 

“Estávamos de olho em Fernando há algum tempo, e estamos muito contentes com o acordo. Qualquer piloto capaz de chegar ao ultracompetitivo mundo da F3000 e, na segunda corrida, vencer em Spa, claramente é especial. Ele vai ser um grande reforço para o time, e sei que vai nos ajudar a atingir algumas das ambiciosas mestas que estamos traçando para a Minardi”, afirmou o australiano.

 

O companheiro de equipe de Alonso seria anunciado mais tarde — o brasileiro Tarso Marques. Como era de se esperar, o futuro bicampeão andou nas últimas posições. O melhor resultado foi o décimo lugar no GP da Alemanha, em Hockenheim. Em 2002, ficou de fora do grid para voltar em 2003 pela Renault.