Na Garagem: Com Magnussen e Button na Austrália, McLaren vai ao pódio pela última vez na Fórmula 1

Há exatos cinco anos, a McLaren subia no pódio pela última vez na F1. Kevin Magnussen foi segundo colocado em sua primeira corrida na categoria, enquanto o campeão de 2009, Jenson Button, ficou no top-3 pela última vez na carreira

Há exatos cinco anos, a McLaren registrou sua última participação no pódio na Fórmula 1. Mesmo sendo uma das equipes com mais história no grid, com 12 títulos do Mundial de Pilotos e oito de Construtores, o time foi um dos que mais sofreu com a chegada dos novos motores V6 na categoria. Curiosamente, os resultados mais relevantes da escuderia de Woking aconteceram justamente na primeira corrida após a mudança de regulamento: o GP da Austrália, que aconteceu em 16 de março de 2014, em Melbourne.
 
Após um 2013 ruim com a saída de Lewis Hamilton, a McLaren ficou apenas com a quinta posição no Mundial de Construtores, sem registrar presenças no pódio e quebrando a sequência de vice-campeonatos registrados entre 2010 e 2012.
 
Para a nova temporada, o veterano e campeão mundial Jenson Button foi mantido, e agora teria o jovem dinamarquês Kevin Magnussen como seu companheiro de equipe, substituindo o mexicano Sergio Pérez, que não registrou grandes resultados e foi dispensado menos de um ano depois de ter sido contratado para substituir Hamilton. Filho de Jan Magnussen, ainda em atividade no endurance, K-Mag, na época com 22 anos, chegava à categoria máxima do automobilismo após o título da World Series no ano anterior.
 
A classificação em Albert Park aconteceu debaixo de chuva. Button foi eliminado no Q2, com a 11ª posição, mas foi beneficiado pela punição dada a Valtteri Bottas, então na Williams, ganhando o décimo lugar no grid. Em sua estreia na F1, Magnussen surpreendeu, conseguindo alinhar o carro na quarta colocação, apenas atrás de Lewis Hamilton, Daniel Riccardo e Nico Rosberg, que foram os únicos pilotos vencedores de corrida naquele ano.
Kevin Magnussen celebrou o seu único pódio na F1 no GP da Austrália de 2014 (Foto: McLaren)

Na largada, Kevin deu um ótimo pulo, mas perdeu a traseira do carro e quase colidiu contra o muro. O estreante se manteve agressivo ao ataque de Fernando Alonso, então na Ferrari, e ganhou a terceira posição nas curvas seguintes, ao superar Hamilton, que teve problemas de motor e precisou abandonar. Button não teve uma grande largada, foi atacado por Kimi Räikkönen na primeira curva e precisou adotar cautela para não se envolver no acidente entre a Caterham de Kamui Kobayashi e a Williams de Felipe Massa.

 
O cenário da corrida começou a mudar na volta 11, quando Valtteri Bottas bateu contra o muro e teve um pneu furado, forçando a entrada do carro de segurança. Button, que ocupava o nono lugar com o abandono de Hamilton e o problema de Bottas, foi ao pit-lane antes de todos, colocou pneus macios e apareceu em sexto, à frente de Jean-Eric Vergne, Kimi Raikkonen e Danill Kvyat.
 
Apesar de não ameaçar as posições de Rosberg e Ricciardo, Magnussen conseguiu se segurar sem maiores problemas na terceira posição. Button conseguia acompanhar o ritmo de Nico Hülkenberg e Alonso, mas sem muitas chances de ataque. O inglês voltou a parar antes dos concorrentes, colocou os pneus médios. fez tempos rápidos e apareceu na quarta posição, superando Alonso e Hülkenberg.
 
K-Mag também voltou voando dos pits, se aproximando de Daniel Ricciardo e ameaçando o segundo lugar do australiano. Não conseguiu, mas promoveu uma batalha digna e cruzou na terceira posição em sua corrida de estreia na F1, repetindo feito de pilotos como Lewis Hamilton, Jacques Villeneuve e Alberto Ascari. Com uma ótima corrida de recuperação, Button terminou no quarto lugar.
 
Horas depois, a FIA anunciou que Ricciardo, na sua primeira corrida pela Red Bull, foi desclassificado por conta de uma irregularidade no fluxo do combustível, o que elevou as posições dos pilotos da McLaren. Até esta data, foi o único pódio de Magnussen na F1, enquanto Button ficou no top-3 pela última vez em sua gloriosa carreira, justamente no primeiro GP disputado após a morte de John Button, seu pai e um dos maiores apoiadores de sua trajetória.

Desde então, sobretudo depois de encerrar uma parceria vitoriosa de 20 anos com a Mercedes para unir forças com a Honda, a McLaren jamais foi verdadeira competitiva. Nem mesmo a volta do bicampeão Fernando Alonso foi o bastante para fazer o time de Woking voltar a vencer ou mesmo a um lugar no pódio. Depois de anos de sucessivos fracassos, a vitoriosa escuderia britânica se apoia na juventude de Carlos Sainz e Lando Norris para tentar se reerguer na F1.
 
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.