Na Garagem: Em Adelaide, Senna se despede da McLaren com última vitória da carreira na F1

No fim daquela temporada de 1993, Ayrton Senna já se despedia da McLaren. O brasileiro havia assinado contrato com a Williams para o ano seguinte, mas fechou o ano com uma vitória importante nas ruas de Adelaide. Foi seu último triunfo na F1

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A F1 desembarcou na Austrália em 1993 para a última etapa da temporada. O campeonato já havia sido decidido, e a corrida vivia um clima de despedida. O professor Alain Prost havia tirado o máximo proveito da poderosa Williams naquele ano e se tornara tetracampeão mundial, escrevendo de vez seu nome na história. Com o título nas mãos, o francês decidira também que era hora de dar adeus à maior das categorias do automobilismo mundial. A saída de Prost da equipe inglesa abriu caminho para que seu maior rival da F1 pudesse ter o gostinho de pilotar aquele carro de ‘outro planeta’. Ayrton Senna, portanto, fazia nas ruas de Adelaide sua última corrida pela McLaren – equipe pela qual havia conquistado seus três títulos mundiais. 
 
Além dos dois grandes nomes em momentos de transição na carreira, a Austrália também testemunhava as despedidas do italiano Ricardo Patrese, depois de 256 GPs na F1 e 17 temporadas. Também estava de saída o inglês Derek Warwick, que andava pela nanica Footwork.
Muito embora Prost tenha liderado os primeiros treinos livres nas ruas australianas, foi Senna quem cravou o melhor tempo para ficar com a pole-position – curiosamente a única daquela temporada, mas a 62ª da carreira na F1. Ayrton, na verdade, foi também o único a encarar o domínio da Williams, liderada por Alain. O brasileiro terminou aquele ano vencendo cinco vezes. Nas seis primeiras etapas, Senna dividia com Prost o número de triunfos – três para cada lado, incluindo, a favor do piloto da McLaren apresentações de gala em Interlagos, Donington Park e Mônaco. É claro que, depois, a força do FW15C, aliado à performance magistral do piloto francês, impediram qualquer disputa mais acirrada.
 
De qualquer forma, Senna alinhou na posição de honra naquele 7 de novembro de 1993. O brasileiro se emocionou no grid ao ser reverenciado pela esquadra inglesa. Era sua última corrida com o time de Woking. Ao seu lado, estava Prost. A segunda fila era formada por Damon Hill, de Williams, e Michael Schumacher, de Benetton. Mika Häkkinen e Gerhard Berger completavam os seis primeiros. O grid ainda tinha Rubens Barrichello como o outro representante do Brasil.
Ayrton Senna largou da pole em sua última corrida pela McLaren (Foto: Getty Images)
A largada precisou ser feita duas vezes. Tudo por culpa de Ukyo Katayama, da Tyrrell, e de Eddie Irvine, da Jordan. Ambos tiveram problemas de motor e forçaram um novo início de corrida. Ainda assim, Ayrton soube bem manter a liderança, mesmo sob as investidas de Prost. Mais atrás, o começo da corrida viu um incidente entre Pedro Lamy e Toshio Suzuki. Pior para o português, que precisou abandonar ainda na primeira volta. 
 
Lá na frente, Senna já ia abrindo caminho, enquanto o francês da Williams ainda buscava pegar o rival. Hill, Schumacher e Berger formavam o top-5. Isso foi assim até a volta 25, quando o brasileiro decidiu trocar os pneus. Prost, então, passou a liderar, mas logo a equipe inglesa o chamou para os pits. Pouco antes, porém, no giro 19, o motor de Schumacher o deixara na mão — era o fim de corrida para o alemão.
 
Quando a movimentação nos boxes cessou, Senna já tinha uma larga vantagem para Prost, que também vinha confortavelmente à frente de Hill, Jean Alesi e Gerhard Berger. Não houve mais mudanças entre os ponteiros, apesar de um grande número de abandonos por confiabilidade e acidentes.
 
No fim, Ayrton cruzou a linha de chegada com 9s259 de diferença para o rival gaulês. Hill completou os três primeiros naquele dia, 25 anos atrás. Aquele pódio foi ainda mais emblemático, porque selou a paz entre Senna e Prost, depois de anos de uma intensa rivalidade de dois dos maiores nomes do esporte a motor no mundo. O brasileiro puxou o adversário para o degrau mais alto e ambos celebravam seus triunfos.
Alain Prost e Ayrton Senna no pódio de Adelaide: o fim de um ciclo (Foto: Getty Images)
Foi a última vitória da carreira do tricampeão. No ano seguinte, Senna se transferiu para a Williams. Mesmo com um carro que ainda não estava como queria, o brasileiro fez a pole nas três primeiras corridas do ano. Abandonou no Brasil e no Japão. Na terceira etapa, em San Marino, acabou batendo contra o muro da Tamburello. Ayrton não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 1º de maio, colocando um ponto final em uma das carreiras mais vitoriosas da história da F1.

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece este ano nos dias 9, 10 e 11 de novembro, no autódromo de Interlagos. Os ingressos para a corrida estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br
 

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