Na Garagem: F1 tem 2º acidente fatal em sete meses com morte de fiscal na Austrália

Depois da morte de Ayrton Senna, a F1 passou seis anos sem ver mortes na pista até que um fiscal foi atingido em um acidente em Monza em 2000. E, sete meses mais tarde, uma nova fatalidade assombrou a categoria, na abertura do campeonato de 2001 em Melbourne.

 

Graham Beveridge, 52, trabalhava em um posto de sinalização na aproximação da curva 3 do circuito do Albert Park.

Ainda no início da prova, Jacques Villeneuve e Ralf Schumacher se enroscaram, e a BAR do canadense decolou. O carro atingiu o alambrado bem onde havia uma fenda cuja intenção era permitir o trabalho dos fiscais.

 

O problema, indicado pela investigação que foi concluída meses mais tarde, era seu tamanho, suficiente para permitir que uma das rodas do canadense passasse e atingisse Beveridge no peito a cerca de 175 km/h. A morte foi instantânea.

 

Aviso: o vídeo é forte.

 

 

“O fato de que um objeto grande passou por essa fenda, em uma circunstância descrita por alguns como ‘louca’, não é um argumento que dispensa a necessidade de se ter minimizado esse risco”, concluiu a investigação. “A morte do senhor Beveridge era evitável.”

"Ele morreu fazendo algo que amava", disse sua esposa Karen. "Ele não estava no lugar errado na hora errada. Ele estava no lugar certo na hora errada."
 

A preocupação com a segurança que surgiu após essas duas mortes deixou a categoria livre de fatalidades até 2013, Na ocasião, o fiscal Mark Robinson morreu ao cair diante de um guincho em movimento e ser atropelado. Depois, em outro de 2014, Jules Bianchi sofreu um grave acidente que o deixou em coma até sua morte, em 17 de julho de 2015.