Na Garagem: Fangio quebra recorde de Ascari e se torna maior vencedor da F1

A temporada 1954 da F1 terminou com Juan Manuel Fangio igualando não só o bicampeonato do italiano Alberto Ascari, mas também o recorde de 13 vitórias no Mundial. Em 16 de janeiro de 1955, o novo campeonato teve início com o argentino estabelecendo um novo recorde.

 

Em Buenos Aires, no Autódromo Oscar Gálvez, Fangio se tornou o maior vencedor da história.

Ele começou largando em terceiro lugar em uma primeira fila que tinha quatro carros — o grid de 21 máquinas alinhou no esquema 4-3. A pole era de outro argentino, José-Froilán Gonzalez, da Ferrari, a última de sua carreira. Ascari estava em segundo lugar.

 

Na hora da largada, fazia muito calor, e Fangio imediatamente tomou a dianteira. Stirling Moss veio bem e pulou de oitavo para segundo. Ascari rapidamente repassou Moss, e na terceira volta assumiu a frente. Dois giros mais tarde, Gonzalez o desbancou, mas no 11º giro o italiano novamente se colocou na ponta. A batalha continuou bem intensa, com um novo troco de Gonzalez, até que, na 22ª volta, Ascari bateu.

 

Com o passar do tempo, o calor foi fazendo suas vítimas. Giuseppe Farina, por exemplo, parou por exaustão e entregou o carro para Umberto Maglioli. Gonzalez também desistiu e deu sua Ferrari para um já descansado Farina. 

 

Em meio a tudo isso, Fangio retomou a ponta. Caiu para terceiro ao ir aos boxes encher o reservatório de água, mas Harry Schell também pediu para parar pelo cansaço, enquanto Roberto Mieres teve problemas mecânicos. 

 

Vitória de Fangio, que teve a companhia de outros quatro pilotos no pódio. Entre as tantas trocas, a segunda posição ficou com Gonzalez/Farina/Maurice Trintignant, e a terceira, com Farina/Maglioli/Trintignant.

 

Quanto ao recorde, Fangio alcançou até o final de sua carreira a marca de 24 vitórias. A última delas foi conquistada em 4 de agosto de 1957, na Alemanha. Jim Clark quebrou a marca em 1º de janeiro de 1968 no GP da África do Sul.