Na Garagem: Head e Newey são absolvidos pela morte de Senna na justiça italiana

Principais responsáveis pelo carro da Williams de 1994, no qual Ayrton Senna sofreu um acidente fatal no GP de San Marino, Patrick Head e Adrian Newey esperaram mais de cinco anos para serem absolvidos da acusação de homicídio culposo na Itália

Demorou mais de cinco anos para que Patrick Head e Adrian Newey fossem absolvidos de uma acusação de homícidio culposo na justiça italiana. O veredito final saiu apenas em 22 de novembro de 1999, três dias após a última audiência na corte de Bolonha.
 
Em uma audiência anterior, os réus — que ainda incluíam Frank Williams — foram considerados isentos de culpa pelo tribunal local. No entanto, o promotor Maurizio Passarini recorreu da decisão e estendeu o julgamento de Head e Newey, os responsáveis pelo FW16, em mais um ano.
 
No relatório divulgado pelo juiz Antonio Costanzo em 15 de junho de 1998, a causa indicada para o acidente era a quebra da barra de direção do FW16. Sem isso, Senna não teria saído da pista na Tamburello.
Passarini sustentava que o acidente — e, consequentemente, a morte de Senna — fora causado por um reparo executado de maneira inadequada na barra de direção do carro. O pedido era por uma pena “suspensa” de um ano contra os dois dirigentes.
 

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Para que o recurso fosse acatado, todavia, o promotor precisava apresentar novas evidências a respeito do caso — o que a própria defesa da Williams duvidava que fosse acontecer. Como, de fato, Passarini não tinha novas provas, Head e Newey foram absolvidos de forma definitiva.

 
Paralelamente, a Williams também recorreu. Diante da alegação de Passarini, o time britânico solicitou que o relatório fosse modificado e convenceu o tribunal de que a barra de direção não quebrou antes do impacto contra o muro. “Nós não consideramos mais um mistério. Não foi uma falha no carro”, afirmou Peter Goodman, advogado da equipe.
 
Aquele não foi o desfecho do caso, ainda. Foi só em 14 de março de 2002, quase oito anos depois da morte de Senna, que a Williams conseguiu junto à polícia italiana a liberação do carro de Senna. De acordo com o jornalista Tom Rubython no livro ‘The Life of Senna’, o chassi foi destruído e o motor, devolvido à Renault.
Médicos tentam reanimar Senna depois do acidente em Ímola (Foto: Getty Images)

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