Na Garagem: Honda surpreende ao lançar ‘carro do planeta’ para temporada 2007

Uma das pinturas de carro mais inusitadas da história da F1 foi a que a Honda preparou para a temporada 2007: o RA107 carregava o Planeta Terra em sua carenagem

A Honda quis chamar a atenção para a preservação do planeta por meio de sua equipe de F1. Para isso, carregou na temporada 2007 uma das pinturas mais inusitadas da história da categoria — um carro tão diferente que até hoje é difícil dizer se era bonito ou feio.
 
Em 2006, o primeiro ano da Honda com equipe de fábrica na F1 após mais de quatro décadas, ainda havia o patrocínio da Lucky Strike, dos tempos de BAR. Para 2007, com o vínculo encerrado em meio às restrições à propaganda tabagista, o carro ficou limpo.
 
No aerofólio traseiro, havia o endereço de uma página na web: myearthdream.com.
 
O site da campanha era para pessoas interessadas em colaborar pudessem acessar e fazer doações para entidades ambientais.
A pintura da Honda foi bastante inusitada em 2007 (Foto: Honda)
Nem todo mundo comprou a ideia. O Greenpeace acusou o time de hipocrisia por fazer uma campanha ambiental com cada um de seus carros na F1 liberando 500 kg de CO2 na atmosfera por corrida em uma temporada de 17 GPs — além, dentre outros fatores, das próprias viagens dos pilotos.
 
A F1 tem de fato procurado maneiras de reduzir as emissões de carbono em seus eventos. Um relatório divulgado em 2013 apontou para uma redução total de 24% nos carros e 7% ao todo. Um outro estudo indicou que somente 0,3% dessas emissões vinham dos carros em si, com o restante sendo da operação das equipes em si, do uso de energia elétrica na fábrica e nos circuitos e das viagens ao redor do mundo.
 
Fora isso, um dado que foi reiterado após o lançamento da campanha da Honda e às críticas feitas a respeito, foi de que a F1 era neutra em termos de emissão de carbono desde 1997 — quando a FIA passou a investir em um projeto ambiental no México.
 
A Honda manteve a campanha em 2008, seu último ano na F1, mas com uma pintura menos radical.
 
Ah, caso você nem se lembrasse disso, teve algo que contribuiu para a campanha fazer menos barulho do que o esperado: os carros de 2007 e 2008 foram horríveis. Em 2007, Rubens Barrichello passou em branco pela única vez na carreira de 19 anos no Mundial.
Em 2008, a pintura da Honda foi mais 'discreta' (Foto: Honda)

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