A chegada avassaladora de Ayrton Senna à McLaren foi um baque para Alain Prost, principalmente pelo desempenho nos treinos classificatórios. Entretanto, há 26 anos, quando o grid se formou para o GP da França, era o dono da casa quem aparecia na pole-position.
Senna abriu a temporada 1988 com seis poles consecutivas. O destaque, claro, foi para o desempenho espantoso no GP de Mônaco, com 1s4 para o ainda bicampeão.
E ao garantir a posição de honra do grid para o GP do México, na corrida seguinte, um recorde foi estabelecido: o de poles seguidas para abrir um campeonato. Àquela altura, eram quatro, e ele tratou de largar na frente também no Canadá e nos Estados Unidos.
Na chegada à França, Prost virou o jogo. No circuito de Paul Ricard, o gaulês cravou 1min07s589, 0s478 mais veloz que o colega de time. Na corrida, perdeu a ponta após um pit-stop desastroso da McLaren, mas a verdade foi que Senna nunca teve ritmo para vencer. Prost se aproximou, aproveitou-se de um momento de confusão entre Senna e retardatários — entre eles, Nelson Piquet — para recuperar a dianteira. Dali em diante, um problema de câmbio anulou qualquer chance de recuperação. Prost venceu por 31s. Michele Alboreto completou o pódio.
A McLaren se mostrou imbatível em 1988 na F1 (Foto: Getty Images)
No campeonato após a sétima das 16 corridas de 1988, Prost tinha 54 pontos, contra apenas 39 de Senna, que em todos os seus anos na F1, jamais venceu o GP da França.
Essa sequência de poles de Senna para abrir 1988, hoje, não é mais a mais longa de todos os tempos. Ela foi igualada por Nigel Mansell com a Williams-Renault em 1992 e superada em uma pole por Prost em 1993.
O recorde que Senna detém até hoje é o de poles consecutivas no geral: ele conseguiu oito entre o GP da Espanha de 1988 e o GP dos Estados Unidos de 1989.
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