Na Garagem: Prost bate em Senna e é tri da F1 em decisão polêmica no Japão

Há exatos 30 anos, Alain Prost acertou o carro de Ayrton Senna na decisão do título da temporada 1989 em Suzuka. O brasileiro conseguiu voltar à pista, foi aos boxes para trocar a asa dianteira avariada, ultrapassou Alessandro Nannini e venceu, mas foi desclassificado pela direção de prova, e o ‘Professor’ levou o tri da F1. Foi o ápice da maior rivalidade do esporte em todos os tempos

22 de outubro de 1989. Há exatos 30 anos, enquanto o Brasil vivia a expectativa pela sua primeira eleição presidencial depois da redemocratização, a mais ávida rivalidade da história da Fórmula 1 alcançava seu ápice. Alain Prost e Ayrton Senna, que formavam a explosiva dupla da McLaren, lutavam novamente pelo título mundial. A batalha se encerrou no GP do Japão, em Suzuka, em uma decisão que representou uma das maiores polêmicas do esporte em todos os tempos. 
 
Um ano antes, em uma decisão das mais empolgantes, também em Suzuka, Senna largou mal e caiu para 16º lugar, mas conseguiu empreender uma recuperação impressionante, foi buscar Prost, fez a ultrapassagem e triunfou no Japão para festejar seu primeiro título. Àquela época, os dois companheiros de equipe nutriam uma relação respeitosa.
 
Na campanha de 1989, o que era uma relação cordial virou ódio. No segundo GP da temporada, em Ímola, Senna e Prost tinham um acordo de não-agressão que dizia que, após a largada, um não poderia passar o outro nas primeiras curvas. Só que, na relargada da corrida, Ayrton colocou por dentro e fez a ultrapassagem sobre o francês, partindo para vencer o GP de San Marino. Daí em diante, a McLaren viveria um clima de guerra sem precedentes entre seus pilotos.
A quebra do acordo: Senna passa Prost na relargada do GP de San Marino de 1989 (Foto: McLaren)
Desde que a crise eclodiu em Ímola, Prost viveu uma relação muito conflituosa dentro da McLaren. Passou a reclamar da Honda, insinuou que a montadora japonesa beneficiava Senna e passou a ser vilanizado no Brasil. Insatisfeito por se sentir preterido dentro da equipe da qual fazia parte desde 1984, Prost deixou para depois o interesse da Williams e da Renault, negociou com Cesare Fiorio e Gianni Agnelli e assinou contrato com a Ferrari no meio daquele 1989, com o anúncio sendo feito no fim de semana do GP da Itália para representar a equipe de Maranello a partir do ano seguinte. 
 
E foi justamente em Monza onde o ‘Professor’ sentiu o carinho dos tifosi ao vencer o GP da Itália. Aquela corrida, na verdade, tinha tudo para ser vencida por Senna, que tinha mais de 20s de vantagem para Prost. Mas, com menos de dez voltas para o fim, foi o brasileiro quem amargou uma quebra de motor. O francês partiu para uma vitória improvável e aproveitou que já tinha assinado com a Ferrari para entregar à apaixonada torcida a taça de vencedor, enfurecendo Ron Dennis e toda a cúpula da McLaren.
 
Duas semanas depois do GP da Itália, Senna teve outra chance de encostar em Prost. No palco da sua primeira vitória na F1, no Estoril, o brasileiro marcou a pole, enquanto seu rival se colocou apenas em quarto no grid. Entre os dois, ficou a dupla da Ferrari, com Gerhard Berger em segundo e Nigel Mansell em terceiro. Em um ano de grande superioridade da McLaren, a Ferrari destoou em Portugal e liderou desde o início com Berger, que venceu. Ayrton perdeu a chance de marcar um bom segundo lugar quando foi acertado por Mansell, que já tinha sido desclassificado por ter engatado a marcha ré nos boxes. Prost terminou em segundo e ficou mais perto do título. Ainda sobre o GP de Portugal de 1989, uma curiosidade: Pierluigi Martini chegou a liderar uma volta. Foi a única vez em que a Minardi ponteou uma prova no Mundial de F1.
 
Senna só tinha uma alternativa para se manter vivo no campeonato: vencer. Assim, partiu ‘com a faca nos dentes’ para o GP da Espanha, em Jerez de la Frontera, e foi perfeito: pole-position, liderança de todas as voltas da corrida, melhor marca da prova e a vitória, com Berger em segundo e Prost completando o pódio.
 
Antes do GP do Japão, Senna tinha uma campanha quase de vitória ou nada. Com exceção do GP da Hungria, em que terminou em segundo, Ayrton ou venceu, seis vezes, ou não pontuou, em sete oportunidades. Prost, por sua vez, triunfou em quatro corridas, mas foi muito mais regular e deixou de pontuar somente uma vez, no Canadá. Assim, Prost, que liderou praticamente todo o campeonato, chegou a Suzuka com uma vantagem de 16 pontos na liderança: 76 x 60.
 
Ou seja, mesmo com a regra dos descartes — os 11 melhores resultados eram válidos para o campeonato —, Senna precisaria vencer em Suzuka para adiar a definição do título para duas semanas depois, na Austrália. Era tudo ou nada para Ayrton nas duas últimas corridas de 1989.
 
 
A corrida
 
Disposto a tudo para levar a decisão do título para a corrida derradeira, em Adelaide, Senna massacrou Prost ao garantir a pole-position em Suzuka. Chama a atenção a enorme vantagem perante o francês: 1s730. Mas não foi a maior diferença entre os dois em classificações, com o brasileiro tendo superado seu rival no grid em Monza por 1s790. 
Berger e Mansell compuseram a segunda fila toda da Ferrari, enquanto Riccardo Patrese, da Williams, alinhou ao lado do compatriota, Alessandro Nannini, da Benetton, na terceira. Thierry Boutsen, também da Williams, foi o sétimo no grid e largou ao lado de Philippe Alliot, da Lola-Lamborghini. Stefano Modena, da Brabham partiu em nono, com Nicola Larini, da Osella, em décimo. 
 
Nelson Piquet, na sua penúltima corrida pela Lotus, largou em 11º, ao lado de Satoru Nakajima, enquanto Maurício Gugelmin, da March, foi o 20º. Roberto Moreno, da Coloni, não passou da pré-classificação e foi convidado da transmissão da Globo, liderada por Galvão Bueno e Reginaldo Leme. Curiosidades de sessões classificatórias realizadas na sexta-feira e no sábado e que eram precedidas pela pré-classificação em tempos de quase 40 carro inscritos para disputar o Mundial de F1.
 
Mas o foco mesmo estava em Senna e Prost. O brasileiro, mesmo partindo da pole, largou do lado sujo da pista naquela nublada tarde de domingo. O rival, então, conseguiu tracionar melhor e colocou a McLaren #2 na frente logo nos primeiros metros. O ‘Professor’ não apenas assumiu a liderança, mas abriu vantagem confortável para Senna. Alain chegou a colocar quase 5s de frente para seu grande adversário. Senna tinha uma performance melhor nas curvas, mas o francês conseguia abrir nos trechos de alta velocidade do traçado japonês.
 
No pelotão dos coadjuvantes, Nannini ascendeu à terceira colocação da corrida na esteira dos problemas sofridos pelos carros da Ferrari. Berger abandonou a prova por conta de problemas no câmbio, enquanto Mansell, depois de o motor ‘fumar’ por longas voltas, encostou no gramado e encerrou sua jornada em Suzuka. Nannini, no entanto, não representava grande ameaça à dupla da McLaren, que fazia uma corrida à parte.

Senna chegou a assumir a liderança da corrida quando Prost fez seu pit-stop, na volta 21. O tempo da troca de pneus do francês: 7s8. Ayrton parou três voltas depois, mas acabou tendo uma parada 2s mais lenta. Mesmo assim, o dono do carro #1 conseguia se aproximar do rival por ter uma melhor performance dos seus novos pneus.

 
Na sequência da batalha, Senna aproveitava que Prost tinha mais dificuldades para negociar as ultrapassagens sobre os retardatários, apertava o ritmo e encostava de vez a partir da volta 40.
 
Os giros seguintes foram uma verdadeira disputa de gato e rato com uma série de voltas percorridas em um ritmo impressionante. Não havia margem para erros. Senna buscava se aproximar nos trechos mais lentos e parecia ter definido o lugar para passar Prost: a chicane. Em algumas voltas, o brasileiro chegou a colocar de lado e fazia crescer seu carro no retrovisor do francês, que conseguia se defender bem. Até que veio a volta 47. A volta de uma das maiores polêmicas da F1 em todos os tempos.
O momento capital: a batida de Prost em Senna em Suzuka (Foto: LAT Photo/Forix)
Prost e Senna dividiram o curtíssimo espaço para dois carros na entrada da chicane. O francês virou o volante e se chocou com o carro do rival. Segundos depois, Alain desceu do carro, enquanto o brasileiro se mostrava desesperado e gesticulava para os fiscais japoneses que estavam ali e empurraram o carro para trás para desenroscar do carro de Prost. Depois, empurram para frente. 
 
Nisso, Senna faz o carro pegar, mas o piloto não percorreu a chicane pelo traçado correto, cortando caminho pela área de escape antes de voltar à pista. Com uma McLaren tão à frente das outras equipes, Senna ainda tinha uma vantagem de mais de 35s para Nannini enquanto se arrastava para os boxes com a asa dianteira avariada em razão do toque com Prost. 
 
Nannini só assumiu a liderança na volta 48, quando Senna entrou no pit para trocar a asa dianteira. Quando voltou, Ayrton estava cerca de 5s atrás do italiano. Com um ritmo muito inferior, o piloto da Benetton não conseguiu segurar Senna, que fez a ultrapassagem na chicane no fim da volta 50 e, pouco depois, cruzou a linha de chegada na frente para vencer na pista.
 
Mas o desfecho da corrida foi de grande suspense porque havia o temor de que Senna pudesse ser desclassificado da prova por ter cortado a chicane. Durante a transmissão da Globo, o próprio Galvão Bueno alertava para o risco de o título ser definido em favor de Prost por conta da irregularidade cometida por Senna. Tudo foi decidido mesmo na torre de controle da prova, onde ficavam os comissários da FISA (órgão da FIA antes da reestruturação da entidade, em 1993).
 
Os comissários entenderam que Senna transgrediu o artigo 56 do regulamento esportivo daquela época, que dizia que o piloto poderia ser empurrado se estivesse em posição perigosa na pista. E, se conseguisse fizer o carro funcionar pelos seus próprios meios, ele poderia voltar à corrida. Desde que não cometesse nenhuma irregularidade. E os comissários entenderam que cortar a chicane foi uma irregularidade. Assim, Nannini foi declarado vencedor do GP do Japão — como Patrese em segundo, Thierry Boutsen em terceiro —, Senna foi desclassificado e Prost era coroado como tricampeão mundial de F1.
Alessandro Nannini foi o vencedor improvável do GP do Japão de 1989 (Foto: LAT Photo/Forix)
“Vergonha para o esporte”, dispara Senna, que elege novo inimigo: Balestre
 
A punição em Suzuka e a consequente perda da chance de seguir na luta pelo título com Prost em 1989 deixou Senna enfurecido. O maior alvo da sua fúria foi Jean-Marie Balestre, presidente da FISA, e julgou que o dirigente francês foi determinante para ajudar o rival a confirmar o tricampeonato. A McLaren chegou a entrar com recurso para questionar a decisão dos comissários de prova. A definição sobre o caso foi marcada para dias depois, na quinta-feira daquela semana, em Paris.
 
“É uma vergonha para o esporte”, bradou. “Eu fiz tudo o que pude, fiz tudo correto. Agora, a decisão está fora do meu alcance, fora das minhas mãos”, explicou Senna, que também justificou sobre ter pedido para o carro ser empurrado naquele local e o fato de ter cortado o caminho por dentro da chicane. “Tentei observar a questão da segurança em primeiro lugar. Optei pela segurança, pelo que era correto. Mas a decisão foi tomada e a gente vai apelar”, disse o brasileiro em fala veiculada na edição de 23 de outubro de 1989 da Folha de S.Paulo.
 
“Eu tentei colocar o carro no lugar mais seguro possível depois do acidente. Eu não poderia tentar voltar para a pista porque colocaria meu carro em uma situação perigosa. Então eu simplesmente coloquei o carro numa posição segura. Naquele momento, durante o processo, como o motor pegou novamente, eu voltei ao caminho mais seguro. Mas de acordo com a interpretação dos comissários, não foi correto. A decisão tomada pelos comissários é totalmente arbitrária e sem fundamento”, disparou.
Manchete do caderno de esportes da Folha de S.Paulo em 23 de outubro de 1989 (Foto: Reprodução/Acervo Folha)
“O resultado que foi publicado provisoriamente não reflete a realidade, não reflete uma competição tanto no sentido esportivo quanto no sentido do regulamento. Eu vejo isso como temporário. É uma pena a gente ter que apelar em situações como esta, que são situações absurdas, mas é a única maneira quando a gente encontra um problema como este. O que eu fiz está feito e foi correto. Na prática, a corrida foi vencida na pista. A gente ficou apenas sem o prazer da vitória, sem subir no pódio, depois de uma corrida como esta, e festejar com a equipe, e com o público que estava aqui torcendo — talvez a minha maior torcida fora do Brasil esteja aqui no Japão. Para o esporte é uma pena”, lamentou.
 
Prost, por sua vez, se defendeu: “Senna está acostumado a que eu abra a porta facilmente. Ele pensou que desta vez seria o mesmo, só que eu já havia decidido diferente. Tinha certeza de que iria vencer ou sofrer um acidente, porque sabia que ele queria vencer. Ele não pode aceitar que alguém resista a uma das suas manobras de ultrapassagem”.
 
28 anos depois daquele acidente, Prost concedeu entrevista à revista britânica ‘F1 Racing’ e deu seu ponto de vista do acidente. “Não houve culpa. Conheço um monte de gente… talvez eles não entendam. Depende muito se são fãs de Ayrton ou meus. Eu estava com tudo sob controle nessa corrida. Antes da prova, disse a Ron e a Ayrton que, se eu me encontrar na situação que tenho de estar, vou abrir a porta, porque já tinha feito isso tantas vezes em 1988 e 1989”.
 
“Trabalhei muito no acerto de corrida naquele fim de semana, mas Ayrton estava muito, muito rápido em classificação, o que não era um problema. Eu fui muito, muito mais veloz no warm-up e realmente tinha a corrida sob controle. Quando entrei na chicane, ele surgiu muito rápido. Naquele momento, se estivesse aberto a porta, não teria feito a chicane por minha conta. E isso não era uma possibilidade para mim porque queria ser campeão mundial. Então, não há culpa. Ele tentou e não coloquei o carro o suficiente na frente dele. Na verdade, fiquei surpreso com a velocidade com que ele apareceu, então obviamente houve o toque entre nós”, recordou.
 
O ‘Professor’ foi além e deixou claro que aquele acidente não foi o responsável pela derrota de Senna quanto ao título. “Acho que é importante dizer isso: as pessoas dizem que Senna não foi campeão por causa daquele momento, mas se você olhar os resultados, ele também tinha de vencer o GP da Austrália para ser campeão. Assim, mesmo essa vitória, não teria feito diferença para o campeonato”, disse.
Folha de S.Paulo retrata reação de Senna à decisão dos comissários (Foto: Reprodução/Acervo Folha)
Balestre condenou a manobra de Senna na sua tentativa de voltar para a corrida. “Ele foi empurrado para colocar seu motor em funcionamento e estacionar o carro em um lugar seguro, e não para voltar à pista”.
 
Vencedor improvável do GP do Japão, Nannini admitiu que não se sentiu tão confortável pela maneira como triunfou em Suzuka. “Minha primeira vitória e, obviamente, estou muito feliz. Mas, devo dizer, preferiria vencer cruzando a linha de chegada em primeiro. Mas uma vitória é uma vitória. Não vi o que aconteceu entre Prost e Senna, mas quando Senna parou para colocar uma nova asa dianteira, ele me alcançou e passou com muita facilidade. Se soubesse que isso aconteceria, digamos, umas sete ou oito voltas antes, não teria diminuído meu ritmo nas últimas voltas”.
 
“Naquele momento, estava cerca de 1min atrás das McLaren e 30s à frente de Patrese, então estava concentrado em terminar em terceiro. Acho que perdi cerca de 20 a 25s e talvez, se tivesse acelerado mais, teria vencido de qualquer forma”, explicou ‘Sandro’.
 
 
Multa e ameaça de cassação da superlicença: as consequências de Suzuka
 
As críticas contundentes de Senna sobre a decisão tomada pelos comissários de prova levaram a Fisa reagir. Liderada por Balestre, já eleito como inimigo número 1 dos fãs de Senna, a entidade multou o brasileiro e a McLaren em US$ 100 mil, condição para que ambos pudessem se inscrever para o Mundial de F1 em 1990, além de confirmar o resultado do GP do Japão e a conquista do título mundial para Alain Prost.
 
A punição para Senna foi ainda: uma pena em suspenso — sursis — de seis meses, período durante o qual outra infração poderia afastá-lo das pistas por meio ano. Balestre também exigiu ao brasileiro um pedido de desculpas em público. Sem ele, o piloto poderia ter até sua superlicença cassada pela FISA e, desta forma, não teria como voltar a correr na F1.
 
Senna precisou escrever uma carta com o pedido de desculpas, o que foi entregue, junto com o pagamento da multa, na data-limite das inscrições para a temporada 1990. Ao longo daquele ano, Ayrton travou novo duelo com Prost, mas com o francês defendendo a Ferrari. 

O campeonato foi novamente decidido em Suzuka e, como um replay de 1989, definido após uma batida entre os dois. Daquela vez, em manobra igualmente polêmica, Senna não evitou o choque contra o carro #1 do francês, os dois bateram na curva 1, e o brasileiro conquistou o tri da F1.

Senna e Prost fizeram as pases em definitivo no GP da Austrália de 1993 (Foto: Reprodução)
Sete anos após a polêmica de 1989, Balestre deu uma entrevista ao jornal francês ‘L’Équipe’ e disse: “Eu dei [a Prost] uma mãozinha para a conquista do título em Suzuka… mas Senna também cometeu uma falha naquele dia”. O dirigente morreu em março de 2008, aos 86 anos.
 
A rivalidade entre Senna e Prost durou até a última corrida do francês, que curiosamente marcou a última vitória do rival: o GP da Austrália de 1993, o derradeiro de Ayrton pela McLaren. Em Adelaide, durante a cerimônia de premiação no pódio, o brasileiro reverenciou seu maior adversário da carreira na F1. Era o gesto da reconciliação definitiva. Prost havia conquistado o tetracampeonato semanas antes, em Portugal, com a Williams ‘de outro planeta’. Carro que seria ocupado por Senna na trágica temporada de 1994. 

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