Na Garagem: Barrichello é 14º no Brasil e encerra história na Fórmula 1 após 19 anos

Sem saber que estava fazendo sua última corrida pela F1, Rubens Barrichello se despediu da categoria há dez anos, com um 14º lugar pela Williams em Interlagos

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No dia 27 de novembro de 2011, ou seja, há dez anos, uma era se encerrava na Fórmula 1. Rubens Barrichello fazia sua última corrida pela maior categoria do automobilismo mundial, justamente em seu país natal, enquanto ainda ocupava o posto de piloto com o maior número de largadas na história da F1: 326 GPs disputados, contando com aquele GP do Brasil, ao longo de 19 anos de história. No entanto, o brasileiro chegou a Interlagos sem saber que aquela seria sua última prova como piloto de Fórmula 1.

A verdade é que Barrichello nunca conseguiu se despedir de forma oficial da torcida em um autódromo, pois acreditava que continuaria como piloto da Williams em 2012. No entanto, a equipe de Grove preferiu optar pela contratação de Bruno Senna, que chegou para fazer dupla com o venezuelano Pastor Maldonado — e com ambos trazendo importante aporte financeiro ao time.

“Eu tinha certeza de que em 2012 eu estaria correndo”, admitiu Barrichello em entrevista ao Blog Grid, da Band, feita em novembro de 2021. “Tinha contrato assinado e tudo. De última hora, aconteceram várias coisas, e o dinheiro prevaleceu na Fórmula 1, como a gente tem visto nos tempos modernos”, criticou.

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Barrichello durante disputa do GP do Brasil de 2011, no qual terminou com o 14º lugar (Foto: Williams)

Em relação à corrida, não foi um dia de muito destaque para o brasileiro. Com uma Williams que já estava longe de seus melhores dias, o veterano ainda conseguiu assegurar o 12º lugar no grid de largada, seis posições à frente de Maldonado, seu companheiro de equipe. Sebastian Vettel, que já tinha definido a conquista de seu segundo título ao chegar no Brasil — última etapa da temporada —, assegurou a pole-position.

Durante a disputa de domingo, Barrichello acabou perdendo duas posições e terminou em 14º, uma volta atrás do vencedor, Mark Webber. Maldonado, por outro lado, abandonou com apenas 27 voltas completadas. Curiosamente, o brasileiro não foi o único a se despedir naquele final de semana: Jarno Trulli, piloto italiano que defendia a Lotus (futura Caterham) à época, deixou as pistas da F1 aos 37 anos.

O top-10 naquele 27 de novembro foi formado por Webber e Vettel, da Red Bull; Jenson Button, da McLaren; Fernando Alonso e Felipe Massa, com a Ferrari; Adrian Sutil, da Force India; Nico Rosberg, da Mercedes; Paul di Resta, também da Force India;, Kamui Kobayashi, da Sauber; e Vitaly Petrov, da Renault.

Entre os pilotos que ainda estão no grid da Fórmula 1 em 2021, Vettel e Alonso terminaram em segundo e quarto, respectivamente. Além deles, Sergio Pérez foi o 13º com a Sauber, Daniel Ricciardo terminou em 20º com a HRT — última posição dentre os que terminaram a corrida — e Lewis Hamilton abandonou com problemas no câmbio de sua McLaren. Também abandonaram Vitantonio Liuzzi e Timo Glock, além de Lewis e Maldonado.

Barrichello esperava continuar na F1 em 2012, mas a Williams fechou com Bruno Senna (Foto: Williams)

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Em 2014, Rubens quase voltou à Fórmula 1 para se despedir de vez no Brasil. A Caterham, equipe que corria no fundo do grid, precisava de um piloto para assumir o posto de Marcus Ericsson e encerrar a temporada, que ainda tinha três corridas pela frente: EUA, Brasil e Abu Dhabi.

Aos 42 anos, Barrichello se prontificou e poderia ter voltado às pistas, mas a escuderia não conseguiu dinheiro nem sequer para participar das duas primeiras corridas e só esteve em Yas Marina, no encerramento do ano. Assim, correu com Kobayashi e Will Stevens.

Apesar de não ter conquistado títulos, Rubens marcou época e se tornou uma das figuras mais conhecidas no grid da Fórmula 1. Até os dias atuais, quando o piloto se apresenta em especial no Brasil pela Stock Car, se tornou normal vê-lo arrastando multidões de fãs. Atualmente, o piloto compete com o carro #111 na categoria brasileira, da qual se sagrou campeão em 2014 — além de ter disputado a Indy em 2012, primeira experiência fora da F1 depois da aposentadoria.

Hoje comentarista da Fórmula 1, Barrichello se despediu da categoria com 326 GPs disputados por seis equipes diferentes: Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn GP e Williams. Foi ultrapassado no recorde de corridas apenas por Kimi Räikkönen — que se aposentará ao final de 2021, com 353 provas —, e Fernando Alonso, que deve fechar 2021 com 336 disputas. Foram 11 vitórias do brasileiro no período, com 14 poles conquistadas e outras 68 subidas ao pódio.

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